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Vampiros por todos os lados!

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Enquanto o Chiovetto e o Victor desarmam suas barracas (no bom sentido, evidente) do Campus Party, aqui estou neste escritório, sob a companhia deste ar condicionado que emite sons parecidos com uma pipoqueira, pronto para escrever um post vampiresco para vocês.

Vampiresco. Sim, guardem este termo, pois vamos ouvi-lo muito, mas muito durante este ano que está apenas começando. Explica-se: a indústria cultural, ao longo da história, acompanha a realidade das pessoas e assume o papel de paradoxo, de válvula de escape muitas vezes. Quando a realidade desenvolve-se fora do nosso controle humano e limitado, buscamos elementos na arte para nos ajudar a encarar esta realidade, de forma que possamos assimilá-la sem maiores desgastes intelectuais / emocionais.

Foi assim no início da década de 40, quando, no calor da Segunda Guerra Mundial, os super-heróis foram criados para trazer um sentido de autoconfiança e coragem para a sociedade da época. Assolados pela guerra, os soldados americanos recebiam quadrinhos no front de batalha para reforçar o nacionalismo e o instinto de sobrevivência. Isso explica, por exemplo, o fato dos primeiros inimigos da Mulher-Maravilha ser nazistas e o Capitão América meter um belo soco na cara do Hitler, logo no início de sua jornada pelo universo dos quadrinhos.

Recentemente, assistimos o trágico atentado do 11 de Setembro. O apocalipse americano provocou, em grande parte, a retomada do rock, que se desmembrou nas tendências que conhecemos hoje como emocore e new metal. Foi aí que os “puts-puts” e as luzes multicoloridas da música tecno perderam espaço para o dark, para as letras e melodias cinza, turvas das músicas do Evanescence, Linkin Park e My Chemical Romance. Foi logo após o 11 de Setembro que os heróis retornaram e reforçaram o status pop junto ao público, em forma de adaptações cinematográficas, como foi o caso dos pioneiros Homem-Aranha (2002) e Demolidor (2003).

Agora, as diversas mídias já estão apostando na nova tendência cultural: em tempos de instabilidade global provocada pela crise financeira, do descontrole climático planetário e das guerras, o sobrenatural se tornou a válvula de escape da insegurança humana e provocou a ressurreição dos Vampiros.

É evidente a enxurrada de mortos-vivos que estão saindo da tumba e tomando conta da literatura, cinema, TV e games. E aqui listo alguns rastros vampirescos para vocês conferirem se a tendência pega ou não pega (ou melhor, morde ou não morde!):

No cinema – mal acaba de sair Crepúsculo, ainda este ano vamos ver a continuação do romance entre Bella e Edward Cullen em Lua Nova. Mais sedentos, os vampiros também tomarão conta das telonas no próximo mês, em Anjo da noite: a revolução, terceiro filme da série sobre a batalha entre vampiros e lobisomens. A série Buffy, a caça-vampiros está na mira de Hollywood para ganhar uma versão na telona. Gosto da Buffy porque ela quebra os bebedores de sangue na bordoada.

Nos games – ao menos três aguardados títulos estão na fila para lançamento: Vampires Dawn (Nintendo), Vampire World (para PC) e Vampire Rain (PS3). E Buffy vai invadir também os games, no jogo “Buffy, a caça-vampiros: sacrifício”, com lançamento previsto para 13 de fevereiro. Ah, o lançamento de Buffy será em uma sexta-feira 13. Meeeedo!

Na literatura – “Eclipse”, o terceiro livro de Stephenie Meyer já saiu aqui e tem como tema central o destino de Bella em continuar humana ou virar uma vampira, além de focar a escolha da moça entre Edward e o lobo Jacob. Garota com um gosto bem exótico, né? Você ainda pode optar por “Os últimos dias – Vampiros em Nova York”, sobre uma banda de rock que encontra vampiros que contaminam suas vítimas não por mordidas, mas, você sabe, através do… bem, você sabe ou imagina.

É isso mesmo. That´s so hot! Outra opção é “Infestação”, que trata também da proliferação de um vírus que transforma todo mundo em vampiros. Se você quer algo polêmico, procure pelo “Manual prático do Vampirismo”, do Paulo Coelho. Nada romântico, o autor ensina algumas artimanhas vampirescas, usando textos meio pesados. O próprio autor recolheu os exemplares, pois considerava o material agressivo demais.

Na TV – A Buffy está em todas e agora está sendo reprisada no canal aberto Rede TV, que está aproveitando a moda vampiresca para tentar faturar audiência em cima da loirinha. Na TV fechada, a série True Blood promete conquistar muuuitos fãs: a série trata de um cientista que desenvolve um sangue sintético e alguns humanos passam a fazer parte da cadeia alimentar dos vampiros.

E não vamos esquecer que a novela dos mutantes da Record está cheio de vampiros. Mas lá também tem até curupira, né? Então está normal!

Ainda em tempo: Para conferir a invasão dos vampiros na música, acessem o blog DuoStereo e acompanhem o review da trilha sonora do filme Crepúsculo.

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