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Limbo – Clássico, independente e obrigatório para os gamers

Como a iniciante PlayDead criou um clássico da Live e da PSN sem trilha sonora e com visual fantástico

Pense na seguinte situação: Você acorda no meio de uma floresta. Você está sozinho. Algo muito errado está acontecendo. Você só consegue sentir melancolia e desespero. Você está cercado por armadilhas mortais, terrenos inconstantes, insetos gigantes, pessoas querendo lhe matar, medo e agonia. Uma morte dolorosa te espera a cada passo equivocado. Se para atravessar um rio, você precisa pular em corpos que estão boiando, algo está muito errado ao seu redor. E ainda assim, alguma coisa faz com que você simplesmente vá em frente.

Sentiu o drama? Pois bem, essa é a premissa do fantástico game independente Limbo, desenvolvido pela iniciante PlayDead.

Como no cinema, nem só de superproduções vive o mundo dos games e, vez ou outra, surgem pequenas pérolas independentes na Live Arcade, do Xbox 360, e na PSN, do Playstation 3.

Limbo, que atualmente está disponível para download em ambos os consoles (e numa coletânea em mídia para Xbox 360), trata-se de um game de plataforma, no qual, no decorrer de poucas horas acompanharemos o pobre garotinho que acordou ao meio da floresta em ambientes cada vez mais macabros e belíssimos, resolvendo puzzles que farão seu cérebro dar curto circuito.

Primeiramente sobre o visual: Limbo é um jogo lindo. O fato de ele mesclar de forma criativa e artística os efeitos em preto e branco, faz com que o jogador menos entusiasmado em puzzles continue jogando apenas para ver os próximos cenários. Tudo é sombra em Limbo e justamente isso faz com que ele seja único.

Na questão sonora, Limbo transmite bem o clima de solidão, angústia e medo que estamos presenciando. Os efeitos de som são bem administrados e muitas vezes o silêncio nunca foi tão bem usado como parte do contexto. Não existe trilha sonora no game, apenas efeitos sonoros feitos a partir de sons eletrônicos.

Na história, não sabemos o porquê do pobre garotinho estar naquele lugar macabro nem como chegou lá, apenas que temos que sair de lá por motivos óbvios. Todo o ambiente quer matá-lo. O final nos deixará de boca aberta e ainda assim nos levantará teorias sobre o que realmente aconteceu.

Sobre a jogabilidade, se tratando de um jogo de plataforma, Limbo tem apenas alguns comandos básicos. Pular, empurrar/puxar caixas e alavancas, ligar/desligar interruptores. Existem dois tipos de puzzles. Aqueles de observação e os de resposta rápida. Se tratando de um mundo inteiramente feito de sombras, o charme de Limbo está justamente no jogador descobrir o que podemos utilizar do cenário para nos auxiliar a resolver os puzzles, já que o jogo não se esforça nem um pouco em mostrar comandos ou outras facilidades. Não há saída simples. Prepare-se para morrer muito em Limbo.

O que nos obriga a falar que definitivamente Limbo não é um jogo para todos. Quem gostaria de ver um garotinho morrer em situações bizarras e extremamente violentas, desde decapitações até ser empalado vivo por uma aranha gigante? Crianças e pessoas que se afetam facilmente devem passar longe do game.

Vale dizer que apesar de seu capricho de produção, Limbo ainda é um jogo independente e por isso talvez seja muito curto. Ao final, fica aquele sentimento de “quero mais” dobrado. Mesmo assim já começa a ganhar seguidores de um estilo visual que ele abriu as portas, como é o caso do game Bound.

Assim, Limbo é uma pequena joia dentre as muitas oportunidades que os jogos independentes nos apresentam. Um jogo intrigante, belíssimo, inteligente que causa diversas reações durante suas poucas horas de 3. Para todo gamer que se preze, Limbo é obrigatório.

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