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Nova marca HP: Eu já vi essa história com a GAP… e não deu certo

Moving Brands redesenha a marca HP e abusa no minimalismo. Ousadia extrema ou um grande erro?

Ah, o poder de convencimento das agências! Presente de deus para os pequeninos vendedores de bens intangíveis. Em minha opinião esta é a melhor maneira de definir o porquê alguns clientes compram ideias surreais e malucas. É claro que algumas vezes este tipo de ousadia é bem vinda, mas quando o assunto é produto/marca ligada ao varejo, temos que lembrar que todo cuidado é pouco.

Agora imagine o quão delicado é fazer uma mudança ousada, principalmente para uma marca que está no mercado desde 1941. Sim, uma marca que já sobreviveu a guerras, transpôs crises econômicas e galgou lugar na estratosfera das marcas. Este poderia ser o resumo da HP.

A Hewlett-Packard Company, em seu nome original, é uma destas empresas. Com faturamento de milhões e posições privilegiadas nas lojas e no coração dos consumidores.

Junte um cliente deste tamanho a uma agência com sedes em Londres, Zurique, Tóquio e São Franscisco e teremos a nova marca e identidade visual da empresa. Pelo menos foi isso que aconteceu quando a HP contratou a Moving Brands para repaginar muito mais que um logo, uma essência.

Apresentada no site da empresa e confirmada pelos nossos amigos do Logo BR, a nova identidade da HP pode até parecer um projeto interessante, mas basta alguns minutos de análise para ver que a ideia é parecida com um piquenique em um campo minado.

Alguns dirão: “Ora, victor. Não seja tão trágico!”. Mas antes que digam isso, deixe explicar um pouco do meu ponto de vista. Não que a Moving Brands tenha transformado o “h” e o “p” em dois trapinhos prateados, longe disso!

No entanto, só de tirar o círculo que formava a base da marca, o logo já perde peso visual. Aqui está o problema! Se ela está presente no varejo, uma grande selva de marcas onde o darwinismo é aplicado da melhor forma na comunicação, não seria um perigo perder visibilidade?

A coisa piora com a previsão da marca para 2021. Como assim ela vai virar um traço?! A Moving Brands deve estar criando uma grande pegadinha, só pode! Não, eles chamam de “ultimate simplicity”. Se vocês me perdoam o momento de revolta, um traço inclinado a 13 graus como marca é uma piada para a semiótica.

Só o “progresso 2011” já é um desafio para o consumidor comum, o que diremos da simplicidade para 2021. Não concorda? Então veja como transformo o lindo HP em um fantástico BP. Perfeito, né? Só se a marca foi comprada pela British Petroleum e eu não estou sabendo.

Vale ressaltar que não estou aqui para criticar todo o projeto, pelo contrário, as aplicações do “eixo 13º” na identidade visual da marca são geniais. Coisas como o visor de quantidade de tinta em impressoras ou o ângulo de perspectiva das fotografias dos anúncios são belas “sacadas”.

Um trabalho complicado, mas quem disse que trabalhar com marcas é fácil. Só posso dizer que ao ver todo esse “show”  com a nova marca da HP, sinto um dèjá vu… um dèjá vu chamado GAP. Alguém mais lembra?

Atualização

Após quase cinco anos, a HP retomou o projeto e deve aplicar a nova/velha identidade visual em alguns produtos, segundo o site The Verge.

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