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Escape Hotel: O entretenimento como forma de gestão de pessoas

No último sábado (30), fomos convidados pelo pessoal do Escape Hotel, em São Paulo, para experimentar uma das salas do local. Para quem não sabe do que se trata, a moda dos “escapes” tem invadido São Paulo há mais ou menos um ano e a ideia é bem simples, são salas temáticas onde o objetivo é escapar. Apesar da ideia ser simples, projetar uma boa sala não é tarefa fácil e envolve roteirista, cenografia e um time de suporte bem treinado. Mas a coisa toda não termina aí… Além de ser um ótimo entretenimento em grupo, uma sala de escape pode ser uma excelente alternativa lúdica para dinâmicas em grupo e, se tudo der certo, deve virar o xodó dos RHs e consultorias de treinamento. Não entendeu? Eu explico.

O Escape Hotel possui atualmente três temas de salas (em breve será lançado uma quarta opção): “Loira do Banheiro”, que foi a nossa escolha, “Cena do Crime” e “O Templo”, que também visitamos, mas não jogamos. Cada uma delas comporta até 7 pessoas e você tem 1 hora para escapar.

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Um problema, um prazo e um grupo: o nosso cotidiano profissional.

De forma nua e crua, os escapes representam o nosso cotidiano profissional atual. Um problema é apresentado, temos um prazo para resolver ele e devemos trabalhar em grupo. Se você tentar trabalhar sozinho, nunca sairá de lá no tempo limite (ou vai resolver o problema). E um ponto importante para quem trabalha com RH, o time de suporte do escape consegue ver e ouvir tudo que se passa na sala. Em resumo, é o ambiente perfeito para monitorar uma dinâmica em grupo.

Outro detalhe importante, você tem uma história como pano de fundo. No nosso caso, devíamos descobrir quem matou a jovem Verônica, a Loira do Banheiro. Isso faz com que o grupo esqueça que está sendo monitorado e entre de cabeça na brincadeira. Quem procura um entretenimento imersivo, os escapes são uma opção fantástica. Quem procura despir candidatos/profissionais da faceta profissional, aí está o momento ideal. É dentro da sala que você descobre quem é o líder, quem é o acomodado e/ou quem é dono do “jeitinho brasileiro”.

O stress disfarçado: Quando a luz pisca ou a bomba é armada.

As empresas não querem só conhecer os perfis, querem saber como o candidato ou funcionário trabalha sob stress. É neste momento que a luz pisca e a alma penada anda entre os vivos. Não existem atores, tudo é ilusório, exceto o stress. O tempo continua contando, as pistas ainda estão ali e você está assustado ou confuso. Um prato cheio para aflorar a psicologia humana e ver como aquela pessoa atua sob pressão.

O entretenimento como forma de treinamento.

Não é de hoje que as empresas buscam usar ferramentas de treinamento lúdicas. Há alguns anos, a moda era a gamificação. Tudo podia ser gamificado e, eu mesmo vi, diversas empresas gastaram milhares de reais em games integrados as suas plataformas internas. Normalmente eram jogos chatos (cheguei a jogar um sobre ética, que era de cortar os pulsos… além de ser muito lógico e nada instrutivo), usados durante um ou dois anos e renegados aos sistemas esquecidos pelo RH. Seja pelo custo de manutenção ou porque os funcionários faziam por obrigação (cheguei a ver profissionais compartilhando respostas de puzzles), estes games pareciam ótimas soluções para avaliação interna, mas, na verdade, só serviam para serem ponto principal da famosa frase “putz, tem que fazer aquele teste chato do RH”.

No caso do escape, o teste vira uma experiência. O João, do Marketing, dá lugar para o fantasma. A pergunta chata de ética é substituída pelo “seguir as pistas ou trapacear e pular etapas”.

Escape Hotel entendeu a ideia: um produto focado em RH.

Fui jogar a “Loira do Banheiro” por diversão e, inicialmente, este texto seria sobre o exorcismo da Verônica, mas depois de uma breve conversa com uma das sócias do Escape Hotel, entendi o tamanho da oportunidade que alguns escapes estão perdendo.

Entrar em uma sala e “gastar” uma hora do seu dia em puzzles é algo que, dificilmente, você fará durante semana. E, apesar de aceitar crianças (a indicação é 10 anos), um escape tem como principal público os mais velhos. Não só pelos quebra-cabeças, mas também pelo preço, cada pessoa tem que desembolsar, em média, 70 reais (na minha época de colégio, isso era muito mais que um passaporte do Playcenter).

Mas como manter uma atração aberta, já que existem custos e mais custos de uma empresa comum? O Escape Hotel montou um pacote onde, em parceria com uma consultoria, inclui a experiência do escape e uma avaliação do grupo sob a ótica de gestão de pessoas, ou seja, a empresa leva um grupo de pessoas, alguém do RH acompanha o jogo diretamente da sala de controle e, por fim, todo mundo vai para uma sala de reunião para um bate papo (aliás, sala que possui toda a estrutura para reuniões, com direito a projetor e tudo mais).

Agora, se você não faz parte de nenhum RH e só quer se divertir, junte os amigos e vá conhecer o Escape Hotel.

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