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Batman: Arkham City e os inimigos de Gotham

Sinceramente o mundo dos games não era um ambiente saudável para os super-heróis. É de conhecimento geral, que atualmente na nova geração, os games baseados em personagens dos quadrinhos raramente resultavam em produções diferenciadas, sempre ficando no máximo, no patamar dos jogos razoáveis.

Em 2009, a produtora Rocksteady mudou esse patamar com o fantástico Batman: Arkham Asylum. No game, a mistura de ação, furtividade e investigação unida às texturas, gráficos e modelagem de personagens caprichadíssimas e embalados por um roteiro magistral escrito pelo papa das animações do morcego (o famoso Batman: The Animated Series) Paul Dini, fizeram com o que Batman fosse elevado ao rol dos personagens de games que finalmente pudemos controlar com satisfação.
Logo após o grande sucesso de Arkham Asylum, a Rocksteady prontamente anunciou o próximo título do homem-morcego, Batman: Arkham City e devo dizer que o que era bom no primeiro melhorou. O que melhorou? Simplesmente tudo.

Na história, continuação direta do primeiro título, após os eventos ocorridos no Asilo, o diretor Quincy Sharp se tornou prefeito de Gotham City. Fechou o Asilo, desapropriou e murou toda parte norte de Gotham (que curiosamente foi o palco da morte dos pais do pequeno Bruce Wayne) jogando todo o tipo de criminoso, capanga, super-vilão e, porque não, desafetos lá dentro, criando uma verdadeira terra de ninguém. Criou dessa forma a nova prisão conhecida como Arkham City. Para comandar a brincadeira, deixou tudo a cargo do psiquiatra conhecido como Hugo Strange.

O Coringa está doente, infectado com o composto Titan, conforme acontecimentos do game anterior e Strange, exímio pesquisador da mente humana e egocêntrico cientista sabe que Batman é Bruce Wayne. Espere muitas reviravoltas em um enredo espetacular, novamente escrito por Paul Dini, com um final épico e de cair o queixo.

Os gráficos estão melhores do que nunca, provando que a Rocksteady ama aquilo que faz e trata tanto fãs e não fãs com extremo carinho. Texturas maravilhosas, modelagem de personagens incríveis, level design primoroso e nenhuma queda na taxa de quadros completam o pacote técnico magistralmente. Arkham City é um pedaço vivo, maravilhoso e vibrante de Gotham City, cheio de referências ao universo de Batman e DC. É só explorar e encontrar.

A jogabilidade só melhorou em relação ao já ótimo game anterior. As sequências de furtividade são empolgantes requerendo estratégia e observação, os combates são emocionantes (com os botões de combos simples, mas efetivos e o sistema essencial de contra-ataque) com multidões atacando o homem morcego ao mesmo tempo e os casos de investigação são bem diferenciados, indo desde seguir pistas até elaborar e seguir trajetória de balas.

Os “bat-gadgets” estão mais numerosos e farão qualquer um se sentir o próprio Batman ao hackear consoles, fazer arpéu, planar pela cidade, jogar batrangues, dentre muitos outros. Mesmo com muitos comandos e muitos gadgets, os controles são intuitivos e a câmera ajuda ao invés de atrapalhar. É uma experiência única. Nos sentimos como o Batman guerreiro, predador e detetive.

O mapa é gigantesco e desde o principio, a maioria das áreas já se encontra liberada para exploração. A missão principal empolga bastante, mas o jogo se complementa com as ótimas side-missions que acabam apresentando novos “velhos” personagens e narrativas.

Por falar em personagens, para os fãs e não fãs do Batman, Arkham City é uma verdadeira “orgia vilanesca”. Só para citar temos participações efetivas e importantes do Coringa, Duas-Caras, Pinguim, Charada, Mulher-Gato (jogável em pacote DLC com pequena narrativa própria), Sr. Frio, Bane, Hugo Strange, Victor Zsasz, Ra´s Al Ghul, Chapeleiro Louco dentre outros para não estragar a surpresa.

Os enigmas do Charada estão mais numerosos e difíceis, quase que superando o total de horas da missão principal para sua total resolução existindo ainda a missão extra com o resgate de pessoas sequestradas pelo vilão e os troféus escondidos por todo cenário, com diversas maneiras diferentes para pegá-los. Ao todo o game pode chegar quase a 40 horas.

Vale mencionar também os combates contra os chefes. O famoso e emblemático combate contra o Sr. Frio (que várias outras reviews já citaram) requer que a cada golpe dado, o jogador mude a estratégia de aproximação ou a gadget utilizada, já que o Sr. Frio (utilizando-se da belíssima I.A. do jogo) anula os fatores do ambiente que permitem que o jogador repita tal estratégia. O combate com Ra´s Al Ghul também é épico, grandioso e variado, bem como com o Chapeleiro Louco.

Por fim, o voice-casting continua inspirado. Desde conversas prosaicas de capangas aleatórios nas ruas (fazendo Arkham City ter mais vida ainda) até dos personagens principais (o show ainda é de Kevin Conroy como Batman e especialmente Mark Hamill como Coringa) a dublagem é sem sombra de dúvida parte do show de entretenimento que Batman: Arkham City é.

Resultando uma mistura de roteiro de história em quadrinhos com o filme “Fuga de Nova York”, Batman: Arkham City é sem dúvida, até o momento, o melhor jogo baseado em personagem de quadrinhos já feito. Com certeza um dos grandes lançamentos do ano e talvez um sério candidato ao selo “game of the year”. Espero ansiosamente o que a Rocksteady nos reserva para os próximos, mas uma coisa é certa: superar Batman: Arkham City será uma tarefa difícil até para o indefectível homem-morcego.

Batman Arkham City é um jogo para Xbox 360 e Playstation 3. Já a versão para PCs será lançada em novembro.

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