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Entrevista - Christian Rôça e a Internet mais humana

Por Pablo Vallejos Por entre um discurso contemporâneo e inspirador, eis que surge a frase: “Acredito em uma Internet mais humana”. Nessas palavras, vindas da boca…

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Por Pablo Vallejos

Por entre um discurso contemporâneo e inspirador, eis que surge a frase: “Acredito em uma Internet mais humana”. Nessas palavras, vindas da boca do profissional Christian Rôças, é possível notar uma breve análise sobre o que o mundo virtual já foi, é e ainda há de ser.

Christian trilhou um caminho entre algumas profissões em comunicação e, por fim, se lançou ao prazer verdadeiro que encontrou criando a empresa Gruda Em Mim Que o Boi Não Te Lambe. Um nome um tanto irreverente e incomum para uma agência de conteúdo e relacionamento em multiplataformas.

Nascido em Niterói, no Rio de Janeiro, Christian esbanja garra no trabalho que desempenha com seus 32 anos de vida. Afinal, foi a partir desta garra que colheu bons frutos como quando acompanhou Gilberto Gil na turnê do cd “Banda Larga”. Durante dois anos, o profissional da comunicação e o músico experimentaram temas como Creative Commons, novas formas de distribuição de música, relacionamento ídolo x público e posicionamento do artista como veículo produtor de seu próprio conteúdo.

Atualmente, Christian Rôças trabalha com Capital Inicial, Cachorro Grande, entre outros. Formado em Jornalismo e, no momento, fazendo pós graduação em Mídias Sociais em São Paulo – onde mora há 11 anos – foi um dos  ótimos palestrantes do TEDxSudeste, evento ocorrido em maio e que visou o compartilhamento de idéias – que você pode relembrar aqui. Foi uma questão de tempo para que o Com Limão conversasse com o profissional.

Traçando um perfil reflexivo dele, a entrevista se aprofundou na maneira com que boas idéias e uma intensa vontade de se envolver com a comunicação podem ser o gatilho para uma conexão entre indivíduos.

Com limão:  Qual foi sua impressão sobre o TEDxSudeste?
Christian Rôças: O TED é realmente um lugar incrível que faz com que a gente repense o que está fazendo e tente fazer ainda melhor. Tanto quem palestra, como quem presencia, estão em busca de idéias que realmente possam mudar o mundo e a própria vida. Já sou um fã do evento internacional e fiquei lisonjeado de participar do TEDx Sudeste.

CL: Todos os palestrantes foram motivados por grandes idéias a estarem ali, compartilhando-as. Qual foi a idéia que transformou você e o levou a ser este profissional?
CR: A idéia que me move é que toda ação gera uma reação. Procuro me exercitar para fazer sempre o meu melhor e com as intenções mais francas para que isso tudo retorne como eu desejo. Achei o depoimento do Iuka realmente tocante. Muitas vezes nem pensamos em como somos maiores do que nosso próprio espaço físico. Foi algo que mexeu comigo e me fez repensar em muitas coisas.

“as pessoas estão pouco treinadas para ouvir”

CL:  Você teve coragem para mostrar ao mundo que não se precisa de uma ótima câmera e grandes estratégias para propagar um cliente ou um ideal. É só saber como utilizar as ferramentas oferecidas pela web. De onde surgiu toda essa ideia e o que você já atingiu, profissionalmente, até agora?
CR: Sou jornalista de formação e multitarefas na vontade. Quero experimentar quantas formas de comunicação forem possíveis e viáveis para conseguir criar diálogo entre as pessoas. Acho que existe uma doença na era atual onde as pessoas estão pouco treinadas para ouvir, para escutar. Isso gera o grande monólogo que vivemos.

Se exercitarmos a escuta, com certeza, vamos encontrar soluções para coisas muito básicas e que ainda teimam em existir entre nós, como preconceito e egocentrismo.

No meu trabalho penso em como tornar a minha vida e a dos outros melhor. Faço isso via conteúdo que é o que sei fazer. Quando necessito beber de outras fontes, de outras disciplinas, busco parceiros, amigos, profissionais, bem melhores que eu naquela determinada área para que o resultado seja o melhor possível. Caso não exista esse profissional, pesquiso, leio, me arrisco e tento fazer pessoalmente.

“A tecnologia para mim é um período de transição”

CL: Na sua opinião, qual é o próximo passo para o uso da internet como uma fonte de divulgação de trabalho, pensamento, idéias, propostas?
CR: Acredito em uma Internet mais Humana. Onde a tecnologia seja transparente e o que mova de fato as pessoas sejam os relacionamentos interpessoais e o comportamento humano. A tecnologia para mim é um período de transição para que o potencial do Homem, ainda tão pouco explorado, seja desenvolvido.

É uma utopia, mas sem ela não avançamos. Vamos lembrar que Internet é uma rede de pessoas conectadas e não de computadores.

Pablo Vallejos é assessor de imprensa e editor de vídeos. Além de cinéfilo e amante da publicidade, é colaborador do Com limão no Rio de Janeiro



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