Cotidiano
Vale a pena jogar Diablo IV: Vessel of Hatred?
Expansão traz nova classe de personagem e mapa com floresta de Nahantu, mas inova pouco para uma DLC de R$ 180.
Expansão traz nova classe de personagem e mapa com floresta de Nahantu, mas inova pouco para uma DLC de R$ 180.
O mundo dos games possui alguns jogos que são clássicos, daqueles que ultrapassam décadas e gerações. Diablo é um bom exemplo. Lançado originalmente em 1997, o game leva o jogador para um universo sombrio, no mais tradicional formato de RPG de ação; um estilo que sempre gostei e me consumiram horas de jogo.
Quando Diablo 4 chegou às lojas em junho de 2023, comprei um Xbox Series X acompanhado do jogo. Novamente era como voltar para a adolescência. E, apesar das críticas (válidas) sobre o formato de game por temporada, o jogo seguiu sendo uma boa indicação para quem gosta do gênero.
Pouco mais de um ano depois do lançamento, enquanto desembarcava na BGS 2024, chegava a primeira grande expansão do clássico da Blizzard: “Diablo IV: Vessel of Hatred”. Apesar de ser uma DLC que custa R$ 179,90 — valor que tem sido “normal” para jogos triple-A — na minha opinião, a expansão agrada tanto os jogadores mais antigos; quanto aqueles que estão entrando no universo demoníaco da saga pela primeira vez.
Para quem está chegando agora, a expansão é um bom complemento, mas e para aqueles jogadores que já gastaram a franquia (em pouco mais de um ano, dá para jogar muito!). A pergunta que não quer calar é: Vale a pena jogar Vessel of Hatred e voltar ao universo de Diablo IV?
Para responder esta pergunta, talvez até um pouco pessoal, precisamos entender o que Vessel of Hatred traz de novo para o game. Antes de tudo, entenda que a expansão está longe de ser aquele tipo de expansão de antigamente, que praticamente renovava o jogo. Infelizmente esta já não é mais uma prática do mercado. Como já havia comentado anteriormente, a DLC traz uma nova classe de personagem, o Natispírito, guerreiros versáteis que invocam as forças únicas de quatro Guardiões Espirituais: o Jaguar, o Gorila, a Águia e a Centopeia, e que promete adicionar uma nova camada de estratégia e jogabilidade ao game.
Aqui vale um comentário apimentado por uma polêmica. Rod Fergusson, gerente geral da franquia, perguntou no X se a nova classe deveria ser enfraquecida (a famosa nerfada) e grande parte dos mais de 10 mil votos foram que a Blizzard deveria deixar como está. A minha visão é que a classe precisava de alguns ajustes de aprimoramento, mas nada que impacte diretamente na diversão do game.
Já sobre a história, Vessel of Hatred não acrescenta muita coisa (a orientação é que termine a história principal, para aí sim começar a DLC). Como Diablo IV é um jogo de temporadas, acredito que a dinâmica neste ponto fique para as atualizações mais constantes.
Entretanto, a região de Nahantu, a floresta de Sanctuary, é um dos grandes destaques da expansão. A região traz novos desafios, masmorras e equipamentos, além de uma ligação com o Reino Espiritual. Aliás, quando você chega ao nível 15, é desbloqueado uma missão no Salão Espiritual, para que você possa escolher os espíritos da nova classe.
Em resumo, Vessel of Hatred é uma DLC para quem realmente aprecia o universo e o estilo de jogo de Diablo IV. Eu recebi uma edição para review, cedido pela Blizzard, mas talvez comprasse por ser fã. Se não fosse, acho que a dúvida ficaria no ar. A dica que dou é: Jogue o game principal e, caso realmente goste do jogo, vá se divertir com a expansão. Do contrário, não espere que a DLC vá mudar o jogo.
Nota final: 3/5 🍋🟩🍋🟩🍋🟩 | Disponível para Xbox · Playstation · Steam · Battle.net