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Quer atrair clientes? Então não fale sobre política, religião ou futebol

Pode parecer óbvio ou simples, mas a dica que darei hoje vale ouro. Na verdade, eu deveria cobrar por isso, mas vou compartilhar gratuitamente, porque isso é algo tão básico, que a sobrevivência das marcas depende disto nos dias atuais (se você precisa de mais orientações, dá uma passada lá na página da Citrus e marque um bate papo com a gente).

Em momentos históricos, como estes que estamos passando, onde cada um tem seu perfil político quase que pré-definido, anseios e discussões acirradas são postas em confrontos, ao ponto de vermos a ignorância predominando, as marcas deveriam ter um papel transformador na sociedade, mas o melhor lugar para ficar neste momento é em cima do muro.

Então, aqui vai a dica. Prepare-se! Nunca, eu disse nunca, use a sua marca para expressar posições políticas, religiosas ou futebolísticas. A marca não tem partido, não prefere impeachment, não comemora o lado religioso da Páscoa e nem torce para o Palmeiras. Salvo se você for o PSDB, o Vaticano ou o próprio Palmeiras, você não deve expressar sobre questões polêmicas. Você deve estar falando “ah, Victor! Mas você acabou de inventar a roda”. Será? Vamos ver alguns exemplos de “rodas”.

Caso #001 – Habib’s e a Fome de Mudança

No começo do mês de março, o grupo Habib’s lançou a campanha “Fome de Mudança”. A rede decorou as lojas de verde e amarelo e distribuiu cartazes e bottons com frases como: “Estou com fome de mudança”, “Quero meu país de volta” e “Brasil, um filho teu não foge à luta”. Alguns especialistas afirmaram que não havia nenhum problema, afinal, nos EUA isso é comum.

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Meus queridos, estamos no Brasil e, mesmo que estivéssemos na Turquia, isso causa desconfortos desnecessários para a marca. Em momentos de crise, você vai querer arriscar perder UM cliente? E o pessoal que não apoia o impeachment? Veja bem, não estou me posicionando contra ou a favor, estou só falando que as pessoas têm o direito de se identificar com a marca.

No caso do Habib’s temos mais um agravante, algumas lojas são franquias. Isso quer dizer que o franqueado tem que concordar com a posição política do grupo e usar o material? Cada franqueado paga R$ 110 mil de taxa de franquia + 5% de royalties e tem que acatar uma posição política polêmica? Acredito que isso dá espaço para muita discussão jurídica.

Mas se você está tão seguro de si e da sua opinião, ao ponto de desperdiçar clientes, então vá em frente. Eu não faria isso, nem se fosse o Google, a Apple ou o Papai Noel.

De acordo com Cecília Andeucci, professora da Business School São Paulo, em entrevista para o portal Exame.com: “Se por acaso o cliente trouxer o tema (polêmico) para a conversa, a professora da BSP recomenda sair pela tangente. ‘Minha recomendação é acolher a fala do cliente, mas não entrar numa discussão, porque a chance de você perder o cliente é muito grande’”.

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