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It´s an illusion. Então, viva a vida!
Quando comecei a escrever esse post, não sabia qual caminho trilhar. Minha intenção primária era abordar os poderes do Pirata Psíquico, vilão que controla as…
Quando comecei a escrever esse post, não sabia qual caminho trilhar. Minha intenção primária era abordar os poderes do Pirata Psíquico, vilão que controla as…
Quando comecei a escrever esse post, não sabia qual caminho trilhar. Minha intenção primária era abordar os poderes do Pirata Psíquico, vilão que controla as emoções e fez do Flash – um dos meus heróis preferidos – uma marionete na Crise nas Infinitas Terras.
A ambição do vilão que tem em seu uniforme impresso a imagem dois rostos – tristeza e felicidade – era dominar o mundo, como todo bom vilão de HQ, mas faltava ainda algo para linkar a idéia central, então eu encontrei a resposta lendo o comentário do Leandro no post “A incerteza sobre o Super-Homem”. Leandro foi claro em sua colocação: “use o cérebro e viva a vida!” Na mosca, Leandro!
O que me intriga no Pirata Psíquico é sua facilidade em manipular emoções. E a primeira palavra que vem a minha mente quando reflito sobre isso é: ilusão. Somos presas fáceis do vilão por conta das ilusões que insistimos em cultivar em nossas vidas, assim, impedimos de vivê-la com qualidade, com 100% de aproveitamento.
Adiamos nossa felicidade quando acreditamos que ela sempre está lá na frente, quando conseguirmos comprar um carro zero, conquistar aquele emprego, fazer aquela viagem… é um estado constante de adiamento, de tornar inalcançável, de colocar no pedestal, de fazer cansar. Quando toda a perspectiva está no futuro, o presente é esquecido, esnobado e conseqüentemente, como diz o Leandro, a vida deixa de ser vivida.
Ah, mas quero falar desta ilusão também: é a ilusão que coloca todo o poder da nossa vida na mão dos outros. Se este é o seu caso, olhe para os lados para ver se ninguém está espiando e, livre de zóios-de-lula, continue a ler atentamente. E se estiver alguém espiando seu monitor, convide o curioso para ler também.
É a famosa ilusão da felicidade alcançada através da presença e atenção de terceiros. Depositamos na família, amigos e amores toda nossas possibilidade de plenitude. Não que as pessoas não sejam importantes – muito pelo contrário – mas somos nós quem detém a condição ideal para alcançar aquilo que faz nossa alma vibrar.
Veja o quanto é perigoso: se os outros estiverem aqui, tudo somos e tudo podemos. Se nos abandonarem, nada de nós restará. É algo pouco saudável, pois implica em uma transfusão de poder e responsabilidade para as mãos de outro alguém. E se este outro alguém tiver um milhão de pendências pessoais para resolver, as expectativas que você ilusoriamente depositou em suas costas não serão atendidas. E o resultado? Eu te conto em primeira mão: desilusão.
E quando a desilusão bater a sua porta, comemore. Claro! Ela não é uma inimiga. Toda desilusão é a visita da verdade. É o momento em que nosso cérebro volta a funcionar, nossos olhos se abrem, nossa consciência se expande e dimensionamos o verdadeiro tamanho e papel dos fatos e pessoas na nossa vida.
E o mais importante: entendemos que a responsabilidade pela nossa felicidade está ao alcance de nossas próprias mãos, está no presente, no aqui e agora.
É hora de dar um basta no domínio do Pirata Psíquico sobre o mundo. É hora de viver a vida.