O dia em que os Vingadores caíram • Com Limão
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O dia em que os Vingadores caíram

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Finalmente, chegou às bancas o arco Vingadores: a queda, saga que conta o fim do célebre grupo de Super-Heróis formado por: Homem de Ferro (ele, sempre ele!), Capitão América (aplausos!), Homem-Formiga, Vespa, Gavião Arqueiro, entre outros.

A HQ surpreende ao mostrar um cenário catastrófico – sim, com a morte de alguns personagens relevantes – com um clima misterioso, no melhor estilo “quem será que está por trás destes ataques?”

Lançado lá fora em 2004, é impossível não associar a tragédia vingadora com os atentados de 11 de setembro. Estamos falando de referências sutis, mas elas estão lá, esperando para saltar à nossa mente e trazer uma sensação de dúvida e insegurança, como uma forma de captar a percepção psicológica dos heróis.

Em dado momento, você vai encontrar as diversas formações que o grupo tomou em todo o tempo de existência e vai se surpreender com a revelação do responsável pelas mortes.

Outro ponto legal é perceber que estas baixas podem ter uma relação direta com o arco da Invasão Secreta. Fica claro que tem dedo skrull aí e já conseguimos prever quais heróis – que voltam do mundo dos fantasmas para a vida sem menor explicação na Guerra Civil – são alienígenas disfarçados, né, Sr. Gavião Arqueiro?

Não perca a sessão flashback que faz uma verdadeira viagem por diversas fases dos Vingadores nas palavras dos próprios componentes. Loko demais! A diversidade das artes unida às lembranças de grandes batalhas é uma forte metalinguagem cronológica que vai fazer você se levantar da cadeira e vibrar com o revival.

Se há um paralelo aqui com nossa vida heróico-cotidiana, é, com certeza, o entendimento da realidade. A distorção da verdade, a ilusão é o motivador de tantos desencontros, apego e confusões. É algo que, se pararmos para refletir, tem muito a ver com o padrão de felicidade que nos é imposto pela mídia e pelos discursos sociais. Trata-se de um retrato de como os modelos de sucesso e plenitude que nos fazem acreditar – e que muitas vezes podem não ser alcançados – trazem mais decepção que alegria.

Evidentemente, temos objetivos que desejamos alcançar e devemos empregar esforço para alcançá-los. Mas vale a pena adotar uma postura pessimista que nada somos se não atingirmos uma única meta? E as tantas outras metas que pareciam inatingíveis e que foram galgadas… elas perderam o valor?

Quero dizer aqui que todos os dias conquistamos vitórias, mesmo que pequenas, mas a limitação de visão nos faz enxergar só aquele objetivo longínquo e, de forma deturpada, julgamos que somente seremos felizes quando chegarmos lá.

Acreditar que a felicidade está lá fora e no futuro é o mesmo que aprisionar a mente em uma cela voluntária: você tem a chave para sair e ver o horizonte, mas sem perceber, prefere ficar no canto escuro da prisão, esperando que um emprego, um amor ou sei lá o quê liberte você. Mas nada disso poderá te salvar: só você pode.

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