Por Andre Oz Matteucci
Um dos mais interessantes pontos positivos de se aventurar pelo fantástico mundo – ou seria multiverso? – dos quadrinhos importados, é toda a variedade de títulos que instantaneamente fica a seu dispor.
Para alguém que passou a infância e cresceu dependendo apenas de títulos contados da Marvel e DC Comics nas prateleiras baixas das bancas de jornal brasileiras, acompanhar mês a mês o que normalmente não chegaria por aqui, é como desbravar um mundo novo.
Foi assim que eu descobri que a Vertigo era mais que Sandman e Hellblazer. Foi assim que eu descobri Fables.
E descobri Fables, confesso, pelas capas. A premissa de “nunca julgue um livro pela capa” foi totalmente ignorada com a HQ de Bill Willingham, que narra as aventuras reais de fábulas de livros infantis como Chapeuzinho Vermelho e Cinderela. Culpa de James Jean, responsável pelas capas que ajudaram a definir o tom e ritmo do gibi nos últimos seis anos.
Ganhador dos últimos cinco Prêmios Eisner consecutivos, James conquistou o mundo. Suas ilustrações se espalham e podem ser apreciadas do New York Times à Prada.
Sua arte e estilo, incrivelmente detalhista e inovador, parece fluir pela página em constante movimento, mesclando o comum com o fantástico e deixando qualquer entusiasta de arte, design e quadrinhos babando para saber mais sobre a produção daquela obra única.
E é exatamente isso que propõe a AdHouse Books com Fables Covers: The Art of James Jean Vol. 1, livro a ser lançado em novembro e que compila todas as capas de Fables publicadas até então, oferecendo um ‘behind the scenes’ da criação dessas peças.
James Jean pretende se direcionar a novos projetos pessoais, e tem data marcada para terminar sua contribuição em Fables no número 81, que sai em fevereiro lá fora. Aqui no Brasil, porém, ele continua brilhando mensalmente nas capas de Fábulas Pixel por um bom tempo.