Mais uma adaptação de história em quadrinhos chegará aos cinemas no próximo dia 06: trata-se de Watchmen, os heróis criados pelo célebre Alan Moore.
E para colocar você já no espírito do filme, é possível conferir abaixo um dos comerciais de TV que envolve a mega produção e outros diversos no nosso canal de vídeo.
Mas se você está boiando e nem imagina que raios é o Watchmen, nós do Com Limão vamos te dar uma força e livrar sua pele, evitando uma vergonhosa expressão de “ué” caso seus amigos decidam abordar o tema nas conversas na sala de aula ou no barzinho mais próximo.
Você pode começar enchendo a boca e contando para eles que Watchmen, a HQ, foi considerado um dos cem melhores romances (isso mesmo!) em língua inglesa pela conceituada revista Time. E toda a criação de personagens tem uma concepção híbrida, na qual Moore buscou referências nas clássicas figuras da Charlton Comics para a concepção de Watchmen.
Entre os personagens que fazem parte do Universo Watchmen, vale aqui destacar:
– Dr. Manhattan: é o personagem que aprecio principalmente por sua essência metafísica, quase new age. Dr. Manhattan resume a experiência de viver em um fenômeno cósmico, infinito. Ele é uma espécie de releitura do Capitão Átomo, da DC.
– Coruja: é impossível não olhar para ele e buscar as referências estéticas do uniforme do Batman em Batman Begins e O Cavaleiro das Trevas. Ele personifica o senso de responsabilidade. Seu alter-ego é Daniel Dreiberg, filho de um banqueiro. Após a morte de seu pai, Dreiberg emprega sua fortuna na projeção / construção vários equipamentos destinados ao combate ao crime. Quase um Bruce Wayne mesmo.
– Ozymandias: é o nerd (rsrsrs) da equipe. Dotado de inteligência superior ao de um humano comum, tem capacidades acrobáticas e envelhecimento retardado. Embora sua identidade secreta seja conhecida publicamente, Adrian Veidt é badalado pela mídia, graças ao seu carisma e ações solidárias. Ele é uma espécie de Homem de Ferro que deu certo (rsrsrsrs). É inspirado no Thunderbolt da Charlton Comics.
– Espectral: misturando referências das personagens Canário Negro (sim, a esposa do Arqueiro Verde) e da Lady Fantasma, tornou-se vigilante por influencia da mãe e acabou tendo um affair (ela é fina demais para ter caso, então ela tem affair) com o homem-deus Doutor Mahattan. Nunca encarou a atividade heróica como algo inspirador e acabou se aposentando – pelo menos nos quadrinhos originais – em 1977, após aprovação da Lei Keene em 1977.
– Rorschach: dotado de um nome que parece marca de chocolate importado, este personagem também bebe na fonte da Charlton Comics e é inspirado no personagem Questão. Ele é o anti-social da equipe e tem uma concepção bastante peculiar, com seu chapéu e rosto disforme. Ele é quem determina seu próprio senso crítico da moral e costumes.
– Comediante: representa a pós-modernidade, o niilismo, o vazio paradoxal da arte criada nos anos 80. Seu senso de humor desafia a moralidade e muitas vezes, em situações extremas, o sentido da vida humana. É o tipo do cara que combate o crime apenas para extrapolar sua necessidade de praticar atos violentos e questionáveis socialmente.
Ao estudar o Watchmen, o que mais gostei nestes heróis foi justamente o foco humano dos personagens. Longe de apresentar uma postura icônica e inquestionável, a equipe dotada de super poderes se aproxima muito das imperfeições e virtudes que encontramos nos comportamentos humanos.