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Watchmen – Vigiem os Vigilantes!

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Para ver o filme Watchmen eu estava divido. De um lado na minha cabeça estava um novo fã ensandecido que tinha acabado de ler a maior obra-prima dos quadrinhos. Já o outro lado pertencia a um jovem cético, que não costumava muito em acreditar em adaptações de quadrinhos para o cinema. Por conta disso e da loucura que ocorreu na minha cabeça enquanto assistia à película, irei escrever duas análises aqui: Uma para quem leu (ou seja, os fãs) e para quem não leu.

Para quem não leu.

Como todos sabem, Zack Snyder ficou famoso por dirigir a adaptação para os cinemas de 300, a grande “Graphic Novel” de Frank Miller. O diretor foi convidado para comandar as gravações da adaptação de “Watchmen” e, logo de cara, recusou. Como grande fanático da série, achou que seria algo intransponível para a tela grande, mas como viu que a Warner estava realmente afim de tocar esse projeto para a frente, depois de um tempo resolveu aceitar. Disse que nenhum outro diretor trataria a obra com a mesma paixão e respeito com o qual ele trataria. E posso dizer com total convicção: Sorte nossa!

Para aqueles que querem ver um simples filme de herói, tomem cuidado! O caso aqui é bem diferente! “Watchmen” trata de um universo totalmente alheio aos que conhecemos nas páginas e, por causa disso, pode espantar alguns. Nada de fantasia. Aqui há somente lugar para humanidade. Conversas sobre o que fazem um maluco de fantasia ser melhor e ter mais autoridade que qualquer outro e as implicações políticas disso estão em pauta. Fiquem atentos para muita semiótica, signos e significados!

E não é só de história que se sustenta. A fotografia, sombria e com mais planos fechados que estamos acostumados a ver, procura sempre retratar a mente dos personagens. O que eles representam nesse todo, porque eles fazem isso e exatamente o que sentem. Está lá e é só olhar.

Atrevo-me a dizer que é a melhor adaptação dos quadrinhos para o cinema por um bom motivo. Todas as vezes que fazem um filme de um super-herói é necessário arrumar falhas e rever histórias, pois alguns deles tem mais de 50 anos de vida. A partir daí surge uma nova narrativa que se parece com tudo e com nada ao mesmo tempo. Mas porque “Watchmen” é a melhor? Uma palavra: Integralidade. Nada de mudança, somente adaptações (e quando digo adaptações, entenda detalhes). Infelizmente é impossível colocar 12 edições em 2 horas e 40 minutos de filme e muitas coisas foram cortadas, porém eu entendo isso mais como um convite do diretor às pessoas para lerem a obra integral após terem visto o filme.

Vão agora ver esse filme! Pois a experiência do cinema é única. Ao sair da sala de projeção, corram e comprem a “graphic novel” e, aí sim, entenderão o que está escrito logo abaixo.

Para os Fãs

Censura 18 anos! CENSURA 18 ANOS! Era tudo o que eu queria! Já imaginaram se não aparecesse toda a violência, sexo e rock n’ roll disso? Caraca, ia ser uma droga! O Comediante não assustaria, o Coruja com Espectral não faria sentido e Rorscharch JAMAIS seria Rorscharch. Palmas para o Sr. Snyder que brigou com os grandalhões da indústria e conseguiu esse deleite para os fãs.

De deleite em deleite, chegamos nessa obra prima. Nem tudo está lá, mas digam-me: Quem realmente tinha a ingenuidade de achar que seria completo? Precisaria de um filme de 12 horas para ter o mesmo ritmo da HQ e mais 12 para cobrir todos os assuntos. Fiquem sossegados e preparem-se para muitos “Nooooooossa!” da platéia durante a exibição na telona.

Não posso dizer mais nada aqui para quem é MALUCO por essa história, porque já seria spoiler pra quem não leu. Ah não! Posso dizer mais algumas coisinhas: VÁ VER AGORA! JÁ! NESTE MOMENTO! E torça para a Warner NÃO forçar uma continuação. Vale ressaltar que os fãs irão adorar a edição sem cortes prevista para DVD.

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