Em comemoração ao Ano da França no Brasil, neste último final de semana (18 e 19/07), passaram pela capital paulista os 150 artistas (isso sem contar os voluntários brasileiros) da companhia francesa de arte de rua “Transe Express“, com o espetáculo “Os Reis Preguiçosos” no Parque da Independência.
O show começou pontualmente às 18:30 nas escadarias do iluminado Museu do Ipiranga, de onde saíram 6 carros alegóricos, dando início a um alegre cortejo que seguiu em ritmo de festa até o Monumento à Independência onde uma enorme estrutura de ferro aguardava a chegada de seus reis para, então se abrir como uma flor, formando um gigantesco mobile.
Devo dizer que não esperava um público tão grande e corajoso o suficiente, para enfrentar o frio arrebatador do fim de semana. Mas nada como o bom e velho calor humano, que fez todo mundo esquecer do tempo, enquanto tentava decidir qual carro seguir (o que não foi uma tarefa fácil). Era muita coisa pra ver ao mesmo tempo, impossível ver tudo! Cada carro, com seu rei dava um show à parte, com muita interatividade entre artistas e público, houve quem deu até uma voltinha na carruagem do rei e quem tirou uma “foto” com a família real, tudo regado à muita música ao vivo, teatro, dança, performances e acrobacias.
O ápice do espetáculo foi ver toda aquela estrutura subir ao céu, todos os reis devidamente posicionados, com um coro ao fundo, deu até pra sentir um arrepiozinho. E foi nessa hora que meus olhos não sabiam em que ponta do mobile olhar, os reis agora estavam mostrando a que vieram, cantando ou realizando números de força.
Eu, como frequentadora de aulas circenses, não me surpreendo mais com os movimentos ousados e “arriscados”, mas dessa vez até prendi a respiração. A altura era tamanha que, por mais simples que possam ter sido alguns números, não pude deixar de sentir um pouco de vertigem.
Apesar da temperatura, valeu a pena sair de casa e atravessar a cidade para curtir um programa cult e free! Só achei injusto chamar aqueles reis de preguiçosos, porque fazer o que fazem não é nada mole.