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A Princesa e o Sapo – Uma Princesa com charme especial

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Por Fábio M. Barreto, de Burbank, Califórnia

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Vinte anos separam Tiana da última princesa da Walt Disney: Ariel, a Pequena Sereia. Logo, muito mais que uma simples estréia precisaria acontecer para marcar o evento. E, no bom sentido, a Disney exagerou na dose.

Os fãs de carteirinha do estúdio – inscritos no fã clube online D23 – receberam um e-mail surpreendente no primeiro semestre de 2009: “pela primeira vez, você vai poder visitar os estúdios Walt Disney e assistir A Princesa e o Sapo dentro da nossa casa”. O resultado foi bombástico. Aficionados e desesperados por qualquer contato com a companhia, uma legião de devotos lotou as diversas sessões organizadas na sede da empresa, em Burbank; em versão reduzida, a mesma coisa aconteceu em Nova Iorque, nas instalações do Ziegfried Theatre.

Visitar o Studio Lot da Walt Disney Pictures, em Burbank, não é novidade para a Imprensa local, por conta das diversas oportunidades de contato com o local promovido pela cobertura do setor. Vários eventos acontecem lá: lançamentos, set visits (é nesse estúdio onde são filmadas as séries FlashForward e Brothers & Sisters, por exemplo), coletivas de imprensa e etc. Porém, o público fica de fora. Não existe um tour fixo disponível no estúdio, como os oferecidos por Paramount, Sony e Fox, por exemplo. Logo, permitir a entrada do público, reunir todas as princesas Disney num único evento e, de quebra, convidar seus fãs para uma estréia dentro do coração da companhia foi algo único.

Tudo é pensado nos mínimos detalhes. O fã Disney gosta dessa “experiência”. Ao sair do carro a brincadeira começa. Patas de sapo mostravam o caminho para a área de recepção. Chegando lá, diversos cenários de filmes importantes da Disney colocavam o visitante em contato com aquele mundo mágico – a casa de UP – Altas Aventuras; partes dos navios de Piratas do Caribe; um centauro de pedra de As Crônicas de Nárnia. Para algumas pessoas, porém, ficar olhando para a famosa caixa d’água com o nome Walt Disney bastava.

Ingressos checados. Crachás recebidos. Pipoca caríssima comprada. Hora se seguir as pegadas de sapo novamente. Depois de desbravar parte do labirinto dos estúdios, a primeira real surpresa: Mickey Mouse aguardava pelos visitantes para fotografias. Adultos e crianças compunham a fila para aproveitar o momento. Depois da foto, hora de entregar o telefone celular e as câmeras. O cinema estava ali do lado.

Uma sala lotada, e devota, reagiu de maneira exemplar à exibição de A Princesa e o Sapo. Essa é uma das razões pelas quais a nova Walt Disney Animation, sob o comando de John Lasseter, tem futuro. O público é fiel e, acima de tudo, espera por um tipo de resultado. Basta agradá-los para garantir uma curva de crescimento longeva e produtiva. Não havia lugar sobrando nas cerca de 450 cadeiras da sala. Cada fã pagou, em média, US$ 90.00 pelo ingresso.

O preço é alto, mas a Disney sabe disso e tratou de justificar cada centavo. Terminado o filme, era hora de seguir para um dos estúdios do lot. Em vez de algum cenário de série o cinema, um mundo mágico foi criado para a garotada. Todas as princesas Disney estavam lá, cada uma com seu cenário temático; além disso, uma área de jogos; uma loja de cupcakes; uma sala de aula de desenho e um mini-museu de Walt Disney completavam a experiência.

Presenciar a resposta apaixonante de garotinhas ao conhecer seus ‘ícones’ é algo impressionante. Igualmente interessante notar o grande número de adultos aguardando pelas mesmas fotos. Num momento engraçado, depois que este repórter tirou foto com uma delas – Bella, para ser mais específico -, outros pais presentes aproveitaram a chance: “Não falei que os adultos também podiam?”, disse um deles. Foi a luz verde para a festa dos marmanjos começar.

Mas o melhor atrativo para os fãs crescidinhos era mesmo o tour opcional do evento. Bem, opcional para quem não gosta de Disney. Os visitantes foram apresentados ao prédio da Walt Disney Animation, ao famoso Snow White Building – eternamente sustentado pelos Sete Anões; justamente por ter sido construído com o dinheiro do filme, o primeiro grande sucesso de Walt Disney – o Hall of Legends, onde estão imortalizados os grandes nomes da companhia e também onde fica a estátua original de Walt Disney e Mickey Mouse.

Uma passada rápida pelo Frank G. Wells Building, que, entre outras coisas, abriga os Arquivos de Walt Disney (um departamento aberto apenas para pesquisas e, vez por outra, recebe jornalistas durante eventos de lançamentos dos clássicos), e a primeira câmera multi-planos criada por Walt Disney para filmar Pinóquio.

Um passeio pelos corredores do edifício onde Walt Disney trabalhava – seu escritório é mantido intacto, aliás – completa a turnê. A brincadeira toda durou cerca de 4h30. Valeu o investimento e criou memórias inestimáveis para os fanáticos. É o jeito Disney de ser. Sempre repleto de surpresas, exageros e idolatria. Para quem gosta, é o paraíso.

Fábio M. Barreto é jornalista e correspondente brasileiro em Los Angeles. Além de trabalhar para as revistas Sci-Fi News, Movie e Atrevida, edita o site SOS Hollywood.

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