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Tecnologia financeira - Celulares e SMS como novos meios de pagamento
Por Pablo Vallejos Imagine que sua empresa abasteça os principais bancos e operadoras de telefonia do país com chips de cartões de crédito, SIM cards e talões de…
Por Pablo Vallejos Imagine que sua empresa abasteça os principais bancos e operadoras de telefonia do país com chips de cartões de crédito, SIM cards e talões de…
Por Pablo Vallejos
Imagine que sua empresa abasteça os principais bancos e operadoras de telefonia do país com chips de cartões de crédito, SIM cards e talões de cheques. Agora, imagine ter que acompanhar (e se possível, se antecipar) inovações tecnológicas que acontecem todo dia no mercado.
Esta é a vida de Sidney Levy, presidente da ABnote, a maior empresa brasileira de meios de pagamento diversificados. CEO da empresa há 16 anos, Levy falou sobre os desafios de liderar a empresa em entrevista no mais recente Podcast Rio Bravo, produzido pela gestora de recursos de mesmo nome.
Na entrevista, Sidney discorre sobre inovações que podem soar futuristas e cinematográficas, mas que parecem próximas de sair do papel aqui no Brasil – tendo em vista que outros países já estão atualizados tecnologicamente nesse ramo.
“Hoje, achamos que o celular é o meio de pagamento que vai vir por aí, mesmo. Existem muitos modelos em andamento: o mais usado é o SMS – mas, a gente acredita que não vai ficar só no SMS”, afirma o executivo.
o celular é o meio de pagamento que vai vir por aí
“Tem uma outra tecnologia chamada NFC (Near Field Communication), que é basicamente um segundo chip dentro do telefone, além do SIM card. Tem um modelo muito interessante nos Estados Unidos que é uma espécie de um cartão de crédito bem pequeno, colado ao celular, que é o sticker – você bota no celular e passa para fazer o pagamento”, diz o presidente da ABnote.
Para Sidney Levy, a presença dessas ferramentas em diversos países do mundo varia, à medida que, elas evoluem. “O advento do chip mudou o nosso negócio, quando ele surgiu há 15 anos. Agora a adesão é lenta. As tecnologias são, no mundo, usadas de maneira distinta. Por exemplo, os Estados Unidos é um país que não foi para o chip na era de pagamentos com cartão. A França, por outro lado, obrigou os seus bancos há uns dez anos atrás. Com isso, os países têm critérios diferentes”
“No Brasil, seguramente, todos os cartões terão chip, em algum momento. Mas, nesse momento, eu diria que só uns 30% foram para o chip. E das carteiras de identificação, ainda é zero, no Brasil. Zero a adoção de chips nos documentos. Seguramente, algum dia, isso tudo vai ser em volta do chip”, prevê.
Sidney, durante a entrevista ao Podcast Rio Bravo, compartilha o que despertou nele o interesse de se trabalhar com novas tecnologias para formas de pagamento e certificação digital: “Fui a um seminário, em 1999, e ouvi um palestrante importante afirmar que ‘ninguém mais vai usar senha, porque senha é muito frágil’.
Pensei: “Meu Deus, a senha vai acabar e eu preciso fazer alguma coisa!”. A verdade é que todo mundo hoje usa senha; continuam usando, normalmente, a senha. (…) Existe um monte de tecnologias saindo pelo mundo e ainda não se sabe qual vai vingar. Por exemplo: tem protótipo, hoje em dia, de autenticação por um som, como uma assinatura digital com áudio; tem autenticação por fingerprint – vai ter o fingerprint na sua máquina e você vai botar e ser identificado”.
Para completar o discurso de Levy, que o celular é a promessa para o futuro dos meios de pagamento, a DeviceFidelity, empresa que desenvolve soluções para pagamento bancário, anunciou o lançamento do In2Pay.
Com apoio da Visa, o novo sistema permite usar o iPhone como se fosse um cartão de crédito e deve entrar em teste até o final do segundo trimestre.
Caso seja adotado, o novo sistema promete se espalhar rapidamente, já que o In2Pay se encaixa no slot para cartão de memória micro SD disponíveis na maioria dos smartphones e a a transação é completada ao passar o telefone em um terminal de pagamento.
Pablo Vallejos é assessor de imprensa e editor de vídeos. Além de cinéfilo e amante da publicidade, é colaborador do Com limão no Rio de Janeiro