Futuro
Disney vira sócia da OpenAI e inaugura nova era criativa com o Sora
Disney se torna sócia da OpenAI e passa a usar o Sora para criar vídeos e expandir processos criativos.
Disney se torna sócia da OpenAI e passa a usar o Sora para criar vídeos e expandir processos criativos.
A indústria do entretenimento vive um momento histórico. A Disney não só fechou um acordo tecnológico com a OpenAI, como também se tornou sócia minoritária da empresa, com um investimento de mais de US$ 1 bilhão (R$ 5,4 bilhões) em ações e receberá opções para comprar participação adicional no futuro, em um movimento que reposiciona os gigantes do audiovisual diante da nova fronteira da criação digital.
“Este acordo mostra como empresas de IA e líderes criativos podem trabalhar juntas de maneira responsável para promover inovação que beneficie a sociedade, respeitar a importância da criatividade e ajudar obras a alcançarem novos e vastos públicos.”
— Sam Altman, cofundador e CEO da OpenAI
No centro dessa parceria está o Sora, o modelo avançado de geração de vídeos por IA capaz de criar cenas inteiras com impressionante fidelidade visual.
Diferentemente de outros acordos estratégicos, este envolve participação acionária e integração profunda de tecnologias, sinalizando a intenção da Disney de acelerar sua transformação digital. O estúdio vê a IA como aliada para reduzir custos, ampliar produtividade e impulsionar a criatividade em suas divisões — de animação a efeitos visuais.
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Uma das primeiras iniciativas será a criação de novos conteúdos para redes sociais usando o Sora, produzidos pela Disney Imagineering, o braço criativo responsável por parques, experiências imersivas e protótipos narrativos.
Com a parceria, personagens icônicos como Mickey, Elsa, Grogu e Darth Vader passam a habitar novos experimentos visuais gerados por IA, marcando a chegada oficial do vasto catálogo da Disney ao ecossistema de inteligência artificial. Ainda que não se trate de uma liberação irrestrita para o público, a colaboração dá à OpenAI acesso a um dos acervos mais valiosos da cultura global, permitindo avanços na criação de modelos mais robustos e capazes de interpretar nuances estéticas históricas.
“Sora poderá gerar vídeos sociais curtos, criados a partir de comandos dos usuários, que poderão ser vistos e compartilhados por fãs, utilizando mais de 200 personagens da Disney, Marvel, Pixar e Star Wars.”
— Comunicado oficial da OpenAI
A Disney reforça que a IA não virá substituir artistas, animadores ou roteiristas. O objetivo é ampliar capacidades, encurtar processos e permitir que as equipes concentrem energia em etapas de maior valor criativo. O Sora será usado inicialmente como ferramenta de pré-visualização, testes rápidos de conceito e desenvolvimento de materiais promocionais, uma prática que já vinha sendo considerada internamente antes da parceria.
A decisão também ecoa desafios vividos pela empresa nos últimos anos. Após quedas na receita e pressões por competitividade no streaming, a Disney vem buscando modernizar estruturas e reduzir gargalos produtivos. Tornar-se sócia da OpenAI representa não apenas um investimento tecnológico, mas um posicionamento estratégico diante de uma indústria em rápida mutação.
“A Disney é o padrão global de excelência em narrativa, e estamos empolgados em fazer essa parceria para permitir que o Sora e o ChatGPT Images ampliem as formas como as pessoas criam e experimentam conteúdos incríveis.”
— Sam Altman, cofundador e CEO da OpenAI
Para a OpenAI, o acordo funciona como validação e vitrine: se a casa do Mickey aposta na geração de vídeo por IA como parte essencial de seu futuro, o mercado tende a seguir o mesmo caminho. A colaboração abre espaço para avanços técnicos, novos padrões de criação e discussões urgentes sobre ética, segurança e direitos autorais em um cenário no qual humanos e máquinas começam a dividir, de fato, o mesmo palco criativo.
Goste ou não, a aliança entre Disney e OpenAI inaugura uma era em que a magia clássica do estúdio se encontra com o poder computacional da IA. Um encontro que promete redefinir processos, formatos e expectativas sobre o que é possível contar — e como contar — no mundo do entretenimeto.