Enquanto nós pulávamos carnaval, jogando confete no copo de cerveja dos outros e sambando, a Starbucks completava 40 anos de existência. Para comemorar, a empresa – assim como já havia sido anunciado – lançou sua nova identidade visual e novos produtos.
Apesar de já ter sido anunciada em janeiro, a nova marca me chamou a atenção por um motivo. Vendo as novas aplicações, parece que a ordem agora é ser mais clean.
Quase como um consultório médico, todas as embalagens, copos e novos produtos ganharam a predominância do branco e reduziram as informações ao extremo. Exagerando? Então presta atenção em um detalhe: Antes o copo continha a frase “Cuidado! Bebida quente”, no novo é visto apenas a marca.
Não é apenas isso, embalagens como o novo “Tribute” tornaram-se mais brancas com ênfase na marca. E isso não aconteceu apenas nas lojas, no mundo virtual a Starbucks também ganhou visual novo. O site da empresa está mais branco e com menos detalhes, indo direto ao ponto com um visual melhorado.
No entanto, como bom macaco velho, não vou meter a mão na cumbuca e encerro os elogios por aqui. Isso porque uma coisa acionou meu alerta de designer, se a marca é mais clean, mais branca e – arrisco até mesmo dizer – mais moderna, como serão as novas lojas?
Oras, se essa linguagem visual será adotada em todos os produtos e aplicações da marca não teriam porque manter o visual tradicional – e até mesmo poluído – das lojas atuais. Será que o jeito aconchegante das lojas atuais dará lugar para espaços mais modernos, quase que high tech, onde o barista twitta sua nova receita e os cafés são preparados por cafeteiras touchs?
Quem disse que trocar uma marca é apenas mexer no logotipo? Pelo menos não no mundo do branding bem trabalhado.