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Andrew Myers – A arte de apertar parafusos e construir retratos em 3D
Artista alemão usa parafusos e tinta para criar retratos 3D de dar inveja aos grandes mestres do pontilhismo
Artista alemão usa parafusos e tinta para criar retratos 3D de dar inveja aos grandes mestres do pontilhismo
Olá classe! Hoje vamos começar a aula com impressionismo e terminar com parafusos. Não, eu (ainda) não fiquei louco. Para entendermos melhor o trabalho do alemão Andrew Myers, precisamos voltar no tempo e dar uma olhada nos trabalhos do mestre Monet.
Para quem não fugiu das aulas de história da arte, sabe que o pintor francês participou de uma época que chamamos de impressionismo. Os participantes deste movimento era o que podemos chamar, dos “do contra”. Não concordavam com a cultura tradicional da época, não se interessavam por temáticas que refletiam fielmente a realidade e – o mais importante – pintaram da sua própria maneira.
Entre um chá de cogumelo e crises de existencialismo, os artistas da época descobriram que a melhor maneira de criar contraste entre luz e sombra era por meio das cores complementares, ou seja, um verde próximo de um vermelho criava um efeito melhor do que o “sistema” tradicional.
Com esse conceito, unido a outros fatores, surgiu o pontilhismo. O pontilhismo é aquele tipo de trabalho que nos faz querer matar um professor e que podemos chamar de trabalho de presidiário. Leva horas para se produzir algo e o resultado pode não ser tão bom. Podemos dizer que o pontilhismo evolui e hoje chamamos de pixel art, o que não muda muita coisa.
Foi com um conhecimento profundo na arte e uma paciência maior ainda que o artista alemão Andrew Myers começou a criar suas telas em 3D com parafusos. Isso mesmo! Eu disse parafusos. Munido de uma chave-de-fenda eletrônica, Myers usa a profundidade para criar luz e sombra unida a tinta para pintar em cima dos parafusos. Criando uma arte única e bem diferente.
O trabalho é genial, a obra é fantástica, mas haja paciência e disciplina. Isso Myers parece ter de sobra.