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Bitcoins: a filosofia da internet levada à sua carteira

Fora das mãos dos governos, as Bitcoins podem revolucionar as compras online?

O próximo salto da economia moderna ou uma simples expressão de revolta contra as notas que levamos no bolso? Bom, ainda é muito cedo para detalhar as mudanças que os bitcoins – a moeda virtual mais popular do momento – podem agregar à nossa maneira de trocar bens e serviços na internet. Mas é inegável a sua vontade de arrancar das autoridades o monopólio do poder.

Esta moeda – ao contrário do dólar e do real, cuja circulação é atrelada ao governo – está sob o controle de seus usuários. Eles quem definem sua cotação diária e foram, acima de tudo, os grandes responsáveis por tirá-la dos círculos restritos dos jogos online e inseri-las nas compras corriqueiras de roupas e músicas no varejo digital.

Há tempos a tendência do dinheiro é de se tornar cada vez menos palpável. A proposta dos bitcoins, no entanto, é mais ambiciosa. Ela aponta para a possibilidade da criação da primeira moeda virtual global. Os bitcoins, se é que podemos dizer, sintetizam a filosofia da internet: eliminar quaisquer tipos de intermediários das trocas de experiências, conhecimentos e mercadorias.

Já vimos este mesmo script remodelar a indústria fonográfica, cuja conseqüência mais nítida foi a diminuição da importância das gravadoras e distribuidoras na cadeia produtiva do ramo. Neste caso, seriam os bancos centrais e autoridades públicas ligadas à regulação da compra e venda de produtos que correriam o risco de desaparecer.

As estimativas do International Federation of the Phonograpgic Industry apontam para uma redução de 77% das vendas unitárias de cds “estreantes” nos TOP 50 entre 2003 e 2010

Mas seria isso possível? Afinal demoramos séculos para acreditar no valor das moedas que carregamos na carteira e nas instituições que garantem a sua circulação. A existência dos bitcoins se justifica na negação desse modelo centralizado de operação.

O internauta, na visão dos criadores dos bitcoins, é quem deve assumir o poder. Ele, por exemplo, é quem define a sua cotação (frente ao dólar, euro, real e etc), por um mecanismo elementar de oferta e demanda – quanto mais a moeda é procurada, mais cara ela se torna em relação às outras – e escolhe para quem quer vender.

A tarefa primordial da moeda criada em cativeiro é se tornar sinônimo de credibilidade e segurança por meio de seus usuários e do comércio online. Esta é uma das maneiras, se não a única, de mostrar que consegue sobreviver sem que autoridades governamentais estejam por trás de suas operações.

Por enquanto, ela não consegue andar com as próprias pernas. A moeda foi criada há apenas dois anos, sua cotação é extremamente instável e não há nada que garanta o seu valor (basta dar uma olhada no site Bitcoin Watch, onde se pode acompanhar a cotação da moeda e uma série de outros indicadores, como número de transações diárias e número de modas em circulação).

Portanto, seja como for, a sua evolução será sufocada por desafios. Não seria estranho constatar o desaparecimento dos bitcoins. Ou então, que outras moedas dessem continuidade ao seu legado. Apesar de tudo, a pura existência dos bitcoins amplificou os ecos da globalização. Desta vez, inegável, no coração das relações humanas.

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