Nesta sexta-feira (15/07), com a estreia mundial de Harry Potter e As Relíquias da Morte – Parte 2 chega ao fim à saga cinematográfica baseada nos livros de J.K. Rowling, um dos maiores sucessos editoriais de todos os tempos. Boa ocasião, portanto, para fazer uma retrospectiva musical da série.
A trilha de Harry Potter e a Pedra Filosofal, de 2001, primeira aventura do bruxo mirim no cinema, ficou a cargo do mestre John Williams, especialista no gênero fantasia e que já havia trabalhado com o diretor Chris Columbus. Como de costume, ele criou uma exuberante partitura sinfônica, com um tema principal marcante e perfeito para a história. Outros destaques são Leaving Hogwarts e a suíte Harry’s Wondrous World, ouvida durante os créditos finais.
Williams também musicou Harry Potter e a Câmara Secreta (2002, em parceria com William Ross) e Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban (2004), adicionando pelo menos mais duas boas melodias ao repertório da série: Fawkes the Phoenix e A Window to the Past, respectivamente.
Para o quarto filme, Harry Potter e o Cálice de Fogo (2005), foi trazido o talentoso Patrick Doyle (Razão e Sensibilidade), também adepto da escola romântica. Sua contribuição tem ótimos momentos (Harry in Winter, Neville’s Waltz, Hogwart’s Hymn) e é uma pena que divida espaço com três dispensáveis canções de Jarvis Cocker.
Surpreendentemente, em Harry Potter e a Ordem da Fênix (2007) e Harry Potter e o Enigma do Príncipe (2009), a varinha (aliás, a batuta) foi passada ao desconhecido Nicholas Hooper e, infelizmente, ele não criou nada memorável.
E assim chegamos a Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 1 e 2, que deram ao francês Alexandre Desplat (Lua nova, O discurso do rei), a chance de encerrar musicalmente este verdadeiro fenômeno cultural. Principal nome da música de cinema na atualidade, Desplat não decepcionou na primeira metade – Farewell to Dobby fez muitos fãs chorarem – mas o ideal é que seja avaliado pelos dois filmes em conjunto, o que só será possível a partir de sexta-feira. Por enquanto, fiquemos com a magia de John Williams, ouvindo, abaixo, Harry’s Wondrous World.
Por Fábio Scrivano, via Cultura News