Em 2010 as bilheterias de todo mundo arrecadaram U$ 10,57 bilhões. Uma bela marca para os barões de Hollywood. No entanto isso é dinheiro de boteco quando comparado com a gorda conta dos barões dos games, que em 2010 faturaram 18,6 bilhões de dólares (quase o dobro, mesmo com a queda de 6% em relação a 2009).
No entanto o cinema não deixa de ser a sétima arte, a publicidade continua sendo um mercado super-mega-hiper-competitivo e os games continuam como um mero “entretenimentos de crianças”. Mesmo com tiros zapeando por cenários nas lives da vida e títulos classificados para maiores de 18 anos, o mercado ainda é considerado brinquedo (ou, como acontece no Brasil, jogos de azar).
Mas como a “brincadeira” consegue faturar tanto no balanço de fim de ano? Simples, o mercado de games conta com um nicho que poucos outros possuem: o fã.
Não estamos falando daquele cara que se veste de Scorpion e Sub-Zero, muito menos daquele que tem uma prateleira que vai do Atari até o PS3.
Estamos falando do fã que cresce e não larga o costume de jogar. O fã que divide seu tempo com trabalho, vida social e uma jogatina na Live do seu Xbox.
Esses são os mesmos fãs que criam conteúdo para expandir o universo do seu game preferido. São os mesmos que consomem camisetas e outros tantos produtos.
Mas vamos falar das lições. A publicidade parece ter entendido a brincadeira e já começa a integra o storytelling aos seus guias de marketing e branding. Muito mais que isso, enredos, histórias que se conectam em diversas mídias e interatividade já começam a se tornar essências de grandes ações.
Basta assistir a nova campanha do PS3, chamada “Long Live Play”.
Já Hollywood, precisa ficar de olho no Youtube. Os fãs mais com conhecimentos técnicos mais avançados já começaram a produzir vídeos que superam trailers de algumas superproduções. É o caso do fan-film “Find Makarov: Operation Kingfish”, produzido por fãs da série Call of Duty.
Além disso, games como a série Assassin’s Creed já começam a aumentar seus bolsos com minisséries online, livros e etc.
E você ainda chama tudo isso de brincadeira? Eu chamo de puro entretenimento. Basta assistir ao trailer de Assasin’s Creed Revelations e dizer se ele não deveria estar no cinemas ou a apresentação do game Guild Wars 2. Fantástico!
