Comunicação
Luiza Prado: Como produzir um ensaio de nu artístico sem vulgaridade
Em terra de bundas protuberantes e funk proibidão, acabamos esquecendo do nu artístico?
Em terra de bundas protuberantes e funk proibidão, acabamos esquecendo do nu artístico?
Na edição deste mês, a Playboy decidiu trazer na capa Cacau Colucci. A menina é realmente muito bonita, mas uma coisa me chamou atenção: por que ela está de calcinha no ensaio?! Oras, é apenas uma simples calcinha? Não, isso mostra muito mais… mostra uma crise de identidade. Afinal, a Playboy não é pornografia escrachada, mas também não é vista – pelo menos pelos consumidores – como uma revista que traz ensaios de nu artístico.
Não estou aqui para criticar a revista, longe disso. Ela continua fantástica e as diversas páginas com a entrevista do Romário renderam belas risadas. Isso sem contar as outras meninas, que renderam vários minutos no banh… Quer dizer, enfim!
É nessa crise de identidade que levo a questionar: Será que nos esquecemos do nu artístico no Brasil? Justo no país de bundas protuberantes e corpos levemente tostados ao sol!
Respondendo a esta pergunta apresento o portfolio da fotógrafa Luiza Prado. Focada em fotografia autoral e nu artístico, Luiza não pende para a vulgaridade e reúne em seu portfolio belos ensaios que se equilibram entre o sensual e o artístico.
Tem peitinhos in natura? É claro! Então quer dizer que os pervertidos vão adorar? Nem de longe! Isso porque Luiza sabe fotografar um par de seios sem que seja necessário colocar uma tarja de censura nele. Censura que, em um país que se diz tão alegre, liberal e caliente, só é esquecida durante o Carnaval. Pelo menos até agora, nunca se sabe quando a onda moralista vai obrigar o uso de tarjas pretas na Sapucaí.