Tecnologia

Sight System: A evolução das tecnologias no corpo humano

Alunos da universidade de Jerusalém criam vídeo que levanta questões sobre a evolução da tecnologia

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Outro dia escutei em uma palestra que vivemos a era da geração C. Onde conteúdo é o “rei”, a curiosidade, a criatividade e o colaborativo imperam. A conectado e a vida real se misturam, confundindo a linha tênue que os separa.

Nada nos assusta mais. Nem um mundo sem privacidade, muito menos um futuro apocalíptico, aos moldes de Isaac Asimov e seus robôs dominantes, que mais parecem uma ficção impossível. Pelo menos nada até você assistir o curta de Eran May-raz e Daniel Lazo, da Bezaleal Academy of Arts.

Criado como um projeto de graduação, o curta mostra como seria um futuro onde nós usamos implantes eletrônicos nos olhos. Uma extensão minimalista do Google Glass, que transforma cada ser humano em um ciborgue com emoções, qualidades e – é claro – maldades.

SPOILERS À VISTA – Comentários e pensamentos sobre o Sight System

O vídeo começa bem. Com uma interação que se parece bastante com a evolução dos games, a primeira vista o Sight System parece apenas um simples implante. No entanto, confesso que fiquei angustiado ao perceber que a casa do personagem principal se limitava a algumas paredes.

Afinal, quem precisa de objetos físicos, quando tudo pode ser virtual? Quando tudo pode ser mudando em um piscar de olhos? Esse é só o primeiro ponto angustiante.

A segunda discussão podemos dizer que rola em torno do sistema de reconhecimento facial. O personagem principal se encontra com uma garota e ambos usam como apoio o sistema para reconhecer emoções. Fazendo um paralelo, diria que sem o Sight System, poderíamos não identificarmos reações e emoções, seriamos verdadeiros robôs, já que desde pequenos seria o sistema que diria “isso é amor”, “isso é ódio” ou “corre que o bicho vai pegar!”.

Para finalizar, a invasão. Neste ponto, podemos dizer que foi virtual e físico. Contrariado pela moça, que descobre seu lado Don Juan, o personagem principal invade o sistema da moça e reprograma suas ações. Virtual por conta do sistema, físico por conta de um possível estupro, que paira no ar como uma incógnita: estaremos todos a deriva da tecnologia, ao ponto de entregarmos nosso corpo para ela? Pouco filosófico, mas nos faz pensar.



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