O maior torneio de clubes do mundo, a UEFA Champions League, movimenta bilhões de euros todos os anos, a organização do torneio vai desde um marketing fortíssimo focado em branding até a decoração de estádios inteiros, que recebem os jogos da competição seja onde for.
O interessante é que a Champions preza pelos detalhes mínimos, que vão desde a criação de espetáculos e chamadas para cada jogo, até detalhes de trasmissão e organização de cada partida.
Mas o que faz a Champions League ser tão bem estruturada e levar times cada vez mais fortes e competitivos?
Para você ter uma ideia, uma equipe que participa da fase de grupos da competição e é eliminada logo no início, terá ao menos € 8,6 milhões (O dobro do que ganha um campeão da Libertadores). O campeão leva por volta de € 37,4 milhões, isso sem contar toda a renda com os jogos nos estádios.
Comparado os campeonatos que os clubes brasileiros disputam, a diferença gritante em R$ é essa:
É uma conta simples, a própria competição gera dinheiro e ao mesmo tempo investimento em clubes que, por ora, vão contratar mais e melhor, montando times cada vez mais competitivos. Por isso a Champions League tem jogos tão bons desde a fase de grupos até a final.
Além da grande diferença de investimentos, o grande abismo que diferencia a Champions League da Libertadores é a ORGANIZAÇÃO.
A convite da Heineken, estive na final da Champions League no último sábado em Berlim. Lá pude observar como a organização da final não se baseia somente nos 90 minutos de bola rolando. Assim como o Super Bowl, o jogo é a cereja do bolo. Todo o clima, atividades e eventos antes do início da partida criam a atmosfera do “final de semana” da final do campeonato, a cidade sede fica totalmente focada no evento.
Não seria ousado dizer que a final da Champions mobiliza a cidade sede da mesma forma que uma final de Copa do Mundo. Os melhores jogadores estão ali, torcedores enlouquecidos e apaixonados estão por toda a cidade.
O que se via desde a sexta-feira no imenso aeroporto de Frankfurt (um dos principais acessos de voos para Berlim) eram torcedores com camisas e cachecóis orgulhosos dos seus times, cheios de empolgação, ainda que faltando um dia para a partida. À noite, já em Berlim, andando pela cidade pude ver grupos de torcedores por todos os lados, aproveitando a noite que antecedia O JOGO.
No sábado, rodando pela cidade, fui até a Fanfest da Champions League que ficava num dos principais pontos turíticos da cidade, o Brandenburg Gate. Torcedores cantando, aproveitando todos os espaços e atividades dos patrocinadores por lá, shows ao vivo regado a muita heineken, esse era o espírito na tarde que antecedia a final.
Os esforços das marcas como adidas, Sony (Playstation), MasterCard, Nissan, etc. para interagir com os torcedores e levarem uma experiência da final era genial! Lojas com produtos oficiais da final, foto com a taça da Champions, lançamento de novos games, como Grand Turismo, entrevistas ao vivo com ex-jogadores como Zanetti (lateral argentino) e até um campeonato de garotos em uma quadra central agitavam todo aquele espaço.
Chegando ao estádio, me confundia se estava em um jogo de Copa do Mundo, tamanha a organização e segurança por lá. Torcedores de Barcelona e Juventus circulavam sem problemas, havia um grande auxílio de staff para direcionar todos dentro do estádio. Aí é só a cerimônia de abertura começar, o hino da Champions tocar, os mosaicos das torcidas tomarem o estádio e você desfrutar de uma experiência incrível que começara um dia antes do jogo, como disse, a partida foi a cereja do bolo.
Toda essa organização extraordinária reflete no torcedor, que se sente cada vez mais parte do espetáculo, simplesmente é diferente.
Na final do último sábado, a estimativa é de que 180 milhões de telespectadores tenham visto a partida ao vivo em todo o mundo, segundo revelou o jornal Mundo Sport. Notícias sobre a final chegaram a atingir cerca de 400 milhões de pessoas. Mais de 200 países receberam o sinal do embate entre espanhóis e italianos.
Tamanha exposição é um motivo mais do que concreto para investimentos de marcas que apostam no Marketing Esportivo como uma ferramente de consolidação de marca, a adidas, Heineken e Mastercard que digam.