Você já parou para pensar como os nossos eletrodomésticos evoluíram nos últimos… sei lá, 50 anos? As televisões saltaram do branco e preto para as smart tvs em 43 anos (a primeira transmissão a cores feita no Brasil foi em 1972). A vitrola sumiu e deu espaço para os iPods e Spotify. Até os DVDs já viraram itens de colecionadores (estou falando do aparelho). No entanto, um item não me parece ter mudado tanto.
A geladeira ganhou algumas novidades, como tela touchscreen, e melhorou no consumo de energia elétrica. Mas continua sendo a mesma. Uma serpentina que corre ali, um refrigerador que precisa ser descongelado e uma porta que adora quebrar. Não adianta, na essência, ela não mudou muito.
Será que a geladeira chegou ao ápice da sua tecnologia? Encontrei um projeto, criado em 2010, que pode contradizer esta ideia. Mas antes, precisamos entender por que a geladeira foi criada e qual a sua utilidade.
A geladeira é uma invenção até que recente. Pergunte aos seus avôs como era viver sem este item, afinal, a CONSUL foi a primeira fábrica de geladeiras no Brasil e só começou a operar em julho de 1950. Apenas meros 65 anos separam a nossa realidade do modelo Q-300.
Mas vamos voltar ao projeto de 2010. Durante a edição do Electrolux Design Lab daquele ano, o russo Yurity Dmitriev apresentou o Bio Robot Refrigerator. A ideia é até que bem interessante, mas contém alguns bugs.
No projeto, um biopolímero refrigerado seria usado para manter os alimentos frescos. Segundo o designer, o sistema é quatro vezes menor que um refrigerador tradicional, não possui porta e não deixa odor nos alimentos. Genial!
Mas como eu disse, vamos aos bugs. O sistema serviria perfeitamente para bebidas, frutas e outros itens que pudessem ficar na vertical. Quer guardar aquela lasanha? Volta para o refrigerador normal (apesar do designer afirmar que o Bio Robot poderia ser feito em vários formatos e dimensões, alguém já tentou tirar algo comprido de dentro de uma massa de modelar?).
Outro detalhe é a ausência de porta. Se não existe porta, o biopolímero sofreria com o calor externo (talvez na Rússia funcionasse super bem, mas em Salvador…). Posso estar errado, mas a verdade é que, cinco anos se passaram, e não vi nada parecido com o projeto do russo. Lembrando que ele foi finalista do Design Lab 2010.
Talvez tenhamos esquecido das geladeiras, por um simples motivo: Independente o quanto consome de energia ou ocupa de espaço, ela cumpre o papel o qual foi incumbida… ela deixa a sua bebida gelada e evita que sua comida estrague.
Conteúdo BÔNUS: Enquanto pesquisava mais sobre o assunto, encontrei o Shift Refrigerator. Ele é mais do mesmo, em termos de tecnologia, mas o design é bem bonito. Com linhas retas e um design muito racional, o projeto é de 2009 e a criação é do designer Yong-jin Kim.