Comunicação
Nudes e memes: No fim do dia é tudo branding e está errado
Antes de tudo, quero dizer que muitos vão odiar o texto e até vestir a carapuça, mas quero deixar claro que o texto a seguir é para nos fazer pensar. Muito além de…
Antes de tudo, quero dizer que muitos vão odiar o texto e até vestir a carapuça, mas quero deixar claro que o texto a seguir é para nos fazer pensar. Muito além de…
Antes de tudo, quero dizer que muitos vão odiar o texto e até vestir a carapuça, mas quero deixar claro que o texto a seguir é para nos fazer pensar. Muito além de uma crítica, é uma discussão sobre onde vamos parar. Uma breve análise das mídias sociais brasileiras. Aliás, bem breve e pessoal, porque se for longo, 90% da galera do Facebook não vai ler.
Comecei a trabalhar com internet há pouco mais de 10 anos. Este ano, o Com limão completa 9 anos, ou seja, faço parte da “primeira geração de mídias sociais”. Na época, Orkut era obrigatório, MySpace oportunidade de negócios e Second Life era o futuro. Cheguei a desenhar banco 3D para a segunda vida. Exagero? Era a moda. Todo mundo queria estar lá dentro. Modas que chegaram rápida e sumiram na mesma velocidade. Moda onde diversas empresas jogaram dinheiro fora.
Uma década depois, as redes são outras, mas uma coisa não mudou… ainda existem amadores. Calma, ser amador não é ruim. Só quer dizer que você precisa de mais experiência. Filosoficamente falando, somos todos amadores. Você pode até ser especialista em Photoshop, mas duvido que conheça TODAS as ferramentas deste software. O mesmo acontece com Mídias Sociais.
Amador (a.ma.dor):
1. O que cultiva qualquer arte ou esporte, por prazer e não por profissão; curioso 2. Aquele que entende superficialmente de alguma coisa, de regra, autodidata 3. Apreciador, entusiasta.
Existem pós-graduações na área, cursos e mais cursos, artigos de “como melhorar o alcance da sua fanpage”. Uma profissão que promete ambiente de trabalho descolado, o dress code é livre e a oportunidade de ter a “profissão mais legal do mundo”. Tudo BULLSHIT! Ser “heavy user em Facebook ou Instagram” não o torna um especialista em mídias sociais.
Vou explicar o motivo. Tudo isso é marketing, comunicação e branding. Se você não entende sobre estes 3 temas, então você é só um heavy user. Sabe o que acontece quando você colocar um heavy user no lugar de um profissional? Ele transforma a fanpage no seu Facebook pessoal. A voz da marca dá lugar para o perfil daquela pessoa. Se ela acha mais legal usar vermelho, ao invés de azul, é provável que a Claro fique parecendo a TIM.
Aliás, para entender melhor o exemplo, indico a leitura do texto “Estão capivarizando as redes sociais. Será que tem volta?”, parece brincadeira, mas a verdade é que muitas marcas viraram representações daqueles que a gerenciam.
Por exemplo, é legal uma prefeitura fazer brincadeira com imagens e frases de efeito, mas faz sentido tornar isso o cotidiano de um órgão público? Não vou nem entrar na discussão sobre o uso indevido de imagens e direitos autorais, mas deixo um exemplo para discussão
Branding é um assunto sério e poucas empresas, órgãos púbicos e afins entendem isso. O branding está acima do marketing. O branding é duradouro, o marketing muda constantemente.
Ainda acha que as redes sociais da sua marca podem ser gerenciadas por qualquer um? Então dá uma olhada no caso do Banco do Brasil. Talvez não seja pior do que uma marca pedindo “nudes”, mas ainda é triste e expõe o amadorismo. Não é, migo?