Quando falamos em novas tecnologias como tablets, telas touchscreen e óculos de realidade virtual, a grande maioria das vezes estamos apresentando de novidades no campo do entretenimento. No ambiente corporativo (uma grande empresa, uma agência ou qualquer tipo de comércio), a tecnologia se resume a um computador de mesa, teclado e mouse. Em algumas raras exceções, vemos um tablet sendo usado para apresentações comerciais. No entanto, esse cenário pode estar em transformação.
Basta olhar os últimos lançamentos da Microsoft e Apple. Ambas apresentaram novidades para o campo profissional. Aquela apresentação mostrando o iPad sendo usado para ver filme ficou no passado, foi substituída por imagens de um profissional trabalhando no Photoshop ou em planilhas. A mensagem é nítida. Quer dizer “você já usava para entretenimento, agora usará para, realmente, trabalhar”.
iPad Pro: Excel, seu lindo!
Vamos começar pelo iPad Pro. O próprio nome já diz muita coisa, ele é PRO. Em termos técnicos, ele ficou maior, tem dois microfones e câmera frontal (nenhuma novidade, mas essencial para uma videoconferência). O grande destaque está na CPU. Segundo a Apple, ele é 22 vezes mais rápido que seu antecessor, o que permite manipular arquivos pesados, como: projetos 3D, edição de vídeo em 4K, edição de imagem e planilhas.
Estou batendo forte no termo “planilhas”, porque a planilha é o passo seguinte para qualquer profissional. Gosto de brincar que o designer só chegou no seu ápice, quando troca o Photoshop pelo Excel. A brincadeira tem um fundo de verdade. Quando você adota o Excel, normalmente quer dizer que virou gestor. De uma equipe, da sua própria empresa, de uma unidade de negócios. Não importa, uma hora nos rendemos as planilhas. E quem aprende a fazer planilhas complexas (alô galera de exatas!), sabe que o arquivo não fica leve. Pelo contrário, já vi muito computador travando com planilha Excel e rodando normalmente o Photoshop com Illustrator. Bom, como a Apple fez uma grande apresentação e, até mesmo, a equipe Office deu um olá para quem assistia, acredito que o iPad Pro aguentará este tipo de tarefa.
Surface Book: A evolução do notebook.
Ok, a Apple sempre foi inovadora e o iPad já é um velho conhecido. Mas se fosse para apostar em um produto que pode mudar o nosso jeito de trabalhar, eu apostaria no Surface Book. É claro, não só nele, mas em toda família de produtos que a Microsoft tem apostado alto. Incluindo o HoloLens e Xbox (que já deixou de ser “só” um videogame), mas vamos focar no Surface.
Um notebook com 22.8 mm de espessura (muito semelhante ao MacBook Air, com 22.7 mm), mas com as vantagens de virar um tablet e ter 1TB de espaço interno. Quer mais? 16GB de RAM.
Para efeito de comparação, meu computador possui a mesma configuração e 3 anos de vida, mede 66 cm de altura e pesa mais de 21 kg (o Surface pesa 1.5 kg). Entende o que estou falando?! Além de tudo, com um Surface Dock – que custa US$ 199,99 e pesa 550 gr – posso ligar duas telas via display port e mais 4 USB 3.0.
O modo como trabalhamos está obsoleto.
Trabalhar preso a uma estação de trabalho é coisa do século passado. Só vejo lógica em situações muito específicas, por exemplo, atendimento ao público. No restante, uma boa conexão Wi-Fi pode transformar a sua vida.
Besteira? Então quero propor um exercício. Como será o perfil do profissional e como ele trabalhará daqui 50 anos? Como a pergunta é muito genérica, darei algumas perguntas e informações para te guiar:
- Profissional jovem, entre 25 – 30 anos
- Trabalha com comunicação (pode ser qualquer área)
- Para quem trabalha?
- De onde trabalha?
- Como trabalha?
- BÔNUS: Quem quiser, pode aprofundar no perfil do profissional com perguntas como: Com quem ele vive? Quais são seus hobbies? Como ele se veste?
Para ajudar, aqui vai o perfil que montei (parte dele foi feito durante o curso de Future Thinking, da ESPM).
Profissional do futuro é homem, bissexual e casado. aduado em Comunicação Visual com ênfase em psicologia cognitiva, pela Pontificia Universidad Católica de Chile (UC) e pós-graduado em Design de Interfaces Virtuais pela ETH Zurich – Swiss Federal Institute of Technology. Nunca esteve na Suíça e sua pós-graduação foi feita por meio de ensino a distância.
Trabalha meio período como gestor de aldeias virtuais e novos negócios, na chinesa Renren, e dedica parte do seu dia na construção de um e-commerce social.
Para a multinacional chinesa, o profissional trabalha via home office (isso economizaria tempo e dinheiro), com reuniões semanais e viagens semestrais para a matriz regional no Chile. Já o e-commerce, está sendo desenvolvido com a ajuda de dois parceiros em um coworking, localizado no centro de São Paulo.
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