Você já parou para pensar onde está todo o seu dinheiro? Não estou falando em qual banco, estou falando fisicamente. Exatamente, é tudo virtual. Aliás, o conceito de banco sempre foi uma coisa “virtual” desde os seus primórdios.
Os primeiros bancos serviam para que caravanas protegessem os bens que carregavam durante as viagens. Elas depositavam uma quantia de ouro e recebiam um “atestado” para poder sacar em outra cidade. O ouro em si não se locomovia, era apenas uma promessa que você poderia sacar o mesmo valor (descontando taxas) em outro lugar. O Atom, banco britânico, quer levar essa virtualidade a outro nível, tornando-se o primeiro banco mobile do mundo. A tendência é tão forte, que a plataforma ainda nem foi lançada e já vale US$ 225 milhões. Grande parte deste valor é graças ao grupo BBVA, que comprou 29% da Atom por 68 milhões de dólares, de acordo com o Business Insider.
Por falar em tendência financeira, esta onda de bancos digitais já tem até nome, são chamados de neobanks, ou seja, os novos bancos. No Brasil, o movimento ainda está dando os primeiros passos. Não consegui achar nada especificamente falando sobre neobanks em terras tupiniquins, mas sei que o Itaú está trabalhando em um movimento para reduzir agências e direcionar o gerenciamento de contas para uma central única, ou seja, quer falar com seu gerente? Liga na central.
Se pararmos para pensar, isso não é novo. Apesar de ter dito no começo do texto que os bancos sempre foram virtuais, é difícil encontrar um banco atualmente que não faça grande parte dos seus processos via internet banking ou banking phone. Pensando bem, os neobanks não são tão “neo” assim.
[ATUALIZAÇÃO]
A nossa equipe lembrou que o Brasil já possui o seu primeiro neobank. Controlado pela holding J&F (dona da JBS), o Banco Original foi lançado em 2011 e este ano ganhou formato 100% digital. Apesar de ter um grande foco em agronegócios, é possível abrir uma conta corrente no banco.
Outro ponto importante, também levantado pela nossa equipe, foi a evolução do Nubank. Atualmente a marca é apenas um produto (cartão de crédito), mas eles se posicionam como “a nova geração de serviços financeiros no Brasil”. Exatamente, serviços… No plural! Ou seja, não será surpresa que a empresa já esteja trabalhando em soluções de neobank.