É engraçado, quase que irônico, ver como algumas pessoas chamam a televisão aberta de obsoleta, ultrapassada, ao mesmo tempo em que ela continua pautando muitas discussões “da internet”. Um dos grandes exemplos é o Fantástico. O programa está no ar desde 73 e quase sempre é estopim para várias discussões da semana.
O programa desta semana, o primeiro de 2016, serviu como insight para o texto de hoje. Uma das matérias citou os apartamentos do futuro e como eles vão se adaptar a nossa rotina, usando ambientes modulares e que se mondam com as necessidades, resolvendo o grande problema de espaço nas megametrópoles.
Um dos especialistas em criar apartamentos modulares é o arquiteto Graham Hill. Criador do blog TreeHugger (comprado pela Discovery Communications em 2010 e o qual tive o prazer de ser responsável na versão brasileira) e da empresa LifeEdited, responsável pelo menor apartamento do Brasil, Hill assina diversos projetos de espaços modulares e com metragem reduzida.
O VN Quatá, projeto assinado por Hill e lançado em São Paulo há três anos, é um apartamento com 19m² de área, mas bem confortável. Na época, ele deu uma entrevista para o UOL Economia, que vale a leitura.
Outro projeto do arquiteto (e uma das primeiras criações dele) foi o apartamento de 37m² e sete cômodos, em Nova York. A “tecnologia” para a modulação é um pouco rústica e só funciona porque possui diversos trilhos pela casa.
A verdade é que espaço está cada vez mais difícil. As cidades têm se tornado cada vez mais verticais e em áreas menores. Talvez Hill esteja certo, apartamentos modulares são o futuro, mas o futuro só chegará quando, conforme dito na matéria do Fantástico, estes espaços se ajustarem automaticamente e de forma inteligente. Essa sim é a casa do futuro!