Comunicação
A mente insana e hiperconectada de Tarantino: Tudo começou em Amor à…
Afirmar que Quentin Tarantino é um gênio não é nenhuma novidade. Você pode até não gostar das produções dele, mas é inegável dizer que ele não é um diretor,…
Afirmar que Quentin Tarantino é um gênio não é nenhuma novidade. Você pode até não gostar das produções dele, mas é inegável dizer que ele não é um diretor, produtor e roteirista fora da curva. Pois bem, atualmente Tarantino está com o filme “Os Oito Odiados” em cartaz, por isso anda dando entrevistas em todos os cantos e foi em um destes papos, para um canal australiano, que o diretor afirmou que seus filmes são conectados e vivem no mesmo mundo.
Ok, eu sei que isso não é nenhuma novidade e os fãs do mundo todo já caçavam pistas entres as produções de Tarantino (o curta brasileiro “Tarantino’s Mind” é um exemplo. Vale a pena assistir, por isso colocamos ele na abertura do texto), mas pare e pense comigo.
Hollywood não é o lugar mais amigável do mundo. Aquilo deve ser mais perigoso que caminhar pelo deserto australiano descalço. Emplacar um blockbuster com bilheteria mundial então, praticamente um feito para meia dúzia de pessoas. Fazer tudo isso e com um mesmo universo por trás, estamos colocando as produções de Tarantino no patamar de Star Wars e outras poucas “religiões”.
Não estou querendo comparar as produções em termos de qualidade, mas na questão de storytelling. Uma coisa é você colocar referências em seus filmes (como o E.T. em Star Wars, veja abaixo). Outra coisa é criar um universo e filmar cerca de 20 filmes como se fossem coisas independentes, mas levemente conectados.
A conexão entre os filmes é tão sutil, que Tarantino usa detalhes para costurar tudo. Por exemplo, Vincent Vega, de Pulp Fiction, é irmão de Vic Veja, de Cães de Aluguel. Já Lee Donowitz, de Amor à Queima Roupa, é filho de Donny “O Urso Judeu” Donowitz, de Bastardos Inglórios. Será Major Marquis Warren (de Os Oito Odiados) algum parente de Jules Winnfield?
