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Vale a pena jogar Ghost Recon: Breakpoint?

Nos últimos dias tenho jogado Tom Clancy’s Ghost Recon: Breakpoint, lançamento mais recente da Ubisoft e game que marca o (re)encontro dos jogadores com o vilão Cole…

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Nos últimos dias tenho jogado Tom Clancy’s Ghost Recon: Breakpoint, lançamento mais recente da Ubisoft e game que marca o (re)encontro dos jogadores com o vilão Cole D. Walker, vivido pelo ator Jon Bernthal (The Walking Dead e O Justiceiro). Para quem está acostumado com os meus reviews, sabe que sempre trago a perspectiva de consumidor, não de especialista. Afinal, a ideia é essa, contar a minha experiência com o produto. Com Ghost Recon: Breakpoint não poderia ser diferente e, abaixo, você confere as minhas impressões sobre o jogo.

Jon Bernthal, Wolves e muito mais: Um enredo digno de cinema

O primeiro ponto a se falar sobre Ghost Recon: Breakpoint é o enredo. Não sei se autor Tom Clancy, falecido em 2013, tem alguma participação com o enredo de Breakpoint, mas que história, meus amigos! O novo jogo se passa 4 anos após Ghost Recon: Wildlands, antecessor do game, “em algum lugar ao sul do Pacífico, onde está o distante Arquipélago de Auroa, uma vasta região de biomas diversos que variam de florestas exuberantes a picos nevados. Atualmente, é o lar da Skell Technology, uma enigmática gigante da tecnologia. Interessada a princípio num local remoto para testar seus drones autônomos, a empresa do Vale do Silício acabou transformando Auroa em seu ‘Mundo 2.0’, uma utopia de alta tecnologia e segurança de cidades ecológicas sustentáveis e de pesquisa robótica.”

Por motivos desconhecidos (não vou dar spoilers, afinal, o enredo é uma das grandes graças do jogo), Auroa cai em mãos erradas. Os Wolves, exército paramilitar liderado por Walker, está controlando a região e intimidando os “colonos” (moradores originais da região utópica). Além disso, o grupo tomou o controle de uma infinidade de drones. E se tem uma coisa que “povoa” Auroa, são drones. Breakpoint tem uma infinidade de modelos. De pequenos voadores, passando pelos gigantes MQ-1 Predator, até modelos terrestres do tamanho de pequenos tanques.

Onde os Ghosts entram neste universo? A batalhão de forças especiais, liderados pelo tenente coronel Anthony “Nomad” Perryman (personagem controlado pelo jogador) é enviado para investigar o misterioso sumiço de um navio da marinha americana na costa de Auroa. Ao chegar na região… BOOM! Drones atacam os aviões de combate, resultando no abate dos helicópteros e alguns poucos sobreviventes, entre eles, é claro, Nomad. Esse é o enredo de Ghost Recon: Breakpoint. Falar mais do que isso é dar spoilers sobre a história (e não vejo graça em fazer isso).

Jogabilidade, itens e táticas: Uma infinidade de possibilidades

Quem jogou Tom Clancy’s The Division 2 vai se sentir em casa com o formato de itens de Breakpoint. Armas que podem ser melhoradas e compradas, além da distribuição de pontos entre 4 classes que se adequam ao seu estilo de jogo: Assault, para aqueles jogadores que gostam de “ir na frente”; Field Medic, para aqueles jogadores que atuam como médicos do time; Panther, indicado para quem gosta de dar uma de Sam Fisher, de Splinter Cell, e jogar no modo stealth; e Sharpshooter, o meu preferido, também conhecido como o sniper.

No entanto, quem jogou The Division 2 vai sentir uma pequena diferença entre as formas de jogar quando o assunto é ação tática. Enquanto TD2 se passa em Whashington, uma cidade 100% urbanizada e – até certo ponto – plana, o mapa de Breakpoint explora os diferentes biomas ao extremo. Além disso, o jogo anterior limitava inimigos e armas por níveis. Já no novo jogo, você até pode enfrentar um inimigo mais forte e se dar bem, desde que não seja tão diretamente. Por exemplo, acerte o capacete de um inimigo de alto nível com um tiro, para que saia a proteção, e já emende o ataque com um belo headshot. Tchau, grandalhão com M134 Minigun!

Outro ponto importante sobre o mapa aberto são os bivaques, acampamentos improvisados. Eles permitem que você descanse, mude o período do dia e otimize o seu personagem. Fica a dica: Use e abuse dos bivaques, eles ajudam bastante nas táticas gerais do jogo. Outra dica que deixo é, use o terreno a seu favor. Ghost Recon: Breakpoint não possui biomas diferentes à toa. Eles foram feitos para serem explorados e usados a seu favor. Principalmente quando um drone aéreo cruza o mapa e pode identificar a sua localização.

Bugs: Não, eu não estou falando de insetos no meio da moita

Ubisoft, por que fazes isso comigo!? Caminhões que explodem e ficam girando no ar. Inimigos presos no terreno e drones que se “enroscam” nas árvores. Isso é algo que tem sido bem recorrente nos jogos da empresa e, particularmente, fico surpreso que não é corrigido. Veja bem, evito jogar esses games blockbusters no computador – principalmente quando é para review – para não ser injusto com o jogo. Sei que existem inúmeras variantes que afetam o jogo no PC, por isso sempre escolhe usar o Xbox One ou PS4 para jogá-los. Mas mesmo usando o console, os bugs da Ubisoft têm sido algo recorrente.

Outro detalhe que vale ser ressaltado sobre Breakpoint é a qualidade gráfica. Do nada, a qualidade gráfica dá um salto mortal e cai de cara no chão. Não sei o que acontece com o jogo, mas o visual vai de cenários belíssimos dignos da geração atual, para personagens 3D à la Playstation 2. De novo, tentei não ser injusto (poderia ser algum problema da minha plataforma), mas encontrei vários colegas falando sobre os mesmo problemas. No geral, isso não afeta a experiência do jogo – pelo contrário, até rende algumas risadas – mas confesso que esperava algo melhor. 

As polêmicas microtransações: Será que é necessário?

Ghost Recon: Breakpoint está totalmente localizado e dublado em português do Brasil e pode ser adquirido em versões físicas para Xbox One e Playstation 4 por R$ 229,99 e para PC por R$ 179,00. Porém, esses valores são da edição Standard, ou seja, a versão mais básica. A versão Ultimate, que inclui algumas skins e o passe do ano 1, pode chegar a custar R$ 359,00. Esse valor elevado gerou algumas polêmicas em torno das microtransações dentro do jogo.

Uma coisa que posso falar de imediato é… Você não precisa comprar nada dentro do jogo. Eu entendo que tem gamer revoltado com os valores de skins, armas e etc., mas se você não tiver grana ou não quiser gastar mais, não precisa comprar nada. Isso não vai afetar a experiência do jogo e, se der sorte, pode ser que encontre alguns itens bem legais pelo jogo. Agora, se você é fã da série, quer comprar skin diferenciada ou começar o jogo com uma arma/veículo melhor, aí é melhor preparar o bolso.

Outro ponto importante. O passe para o Ano 1, ou seja, a expansão do jogo, é algo que pode ser comprado separadamente e, até terminar o jogo principal, já terá jogado MUITO! De novo, a versão básica (Standard) já é uma versão completa. As microtransações não tiraram nada de dentro do jogo e nem diminuíram a experiência dele. Por isso, é besteira ficar bravo com as microtransações.

Quero falar uma coisa importante. Aliás, duas coisas. A primeira é sobre as produtoras. Elas precisam fazer dinheiro, meus amigos. Elas são empresas e vender um único jogo por vez já não faz mais sentido no modelo de negócios. Antigamente elas vendiam um cartucho e não precisavam de servidores, suporte técnico ou tinham qualquer outra despesa do cenário atual. Era mais fácil, sim! Se você comprar a versão Standard de Ghost Recon: Breakpoint, já serão várias horas de diversão. Talvez até mais horas do que você tem disponível no seu dia. Por isso, vamos seguir em frente com essa discussão.

O segundo ponto é referente aos games no Brasil. R$ 359 é um preço alto para um game? É! Se você levar em conta o salário mínimo, estamos falando de ⅓ dele. Mas, infelizmente, por aqui, os games são taxados com vários impostos. Não é algo de hoje e, apesar de muita gente estar trabalhando para resolver a situação, não deve ser algo que vá mudar tão em breve. Por isso, vamos em frente também. Se você quiser discutir este assunto, aí teremos que entrar em outras esferas (que envolvem imposto, governo, política, etc.).

Tom Clancy’s Ghost Recon: Breakpoint vale a pena?

Quando comecei a jogar Breakpoint, logo nos primeiros minutos, pensei: “Meu deus! Isso é um Tom Clancy’s Ghost Recon Wildlands repaginado.” Mas, conforme fui jogando, acabei gostando do novo jogo da Ubisoft. A dificuldade (até mesmo na mais fácil) é desafiadora e não transforma o game em algo bobo, onde basta sair atirando. Você precisa pensar, construir uma estratégia a cada passo que dá e o enredo é digno de cinema. Talvez não comprasse o jogo da versão Ultimate Edition, mas – muito provavelmente – compraria a Standard Edition.

Esperava um gráfico melhor, mas o mapa aberto e os biomas e terrenos diversificados transformam Breakpoint em um GTA: V das forças especiais. Você pode pegar um helicóptero, ir até a base inimiga e saltar de paraquedas em um local estratégico. Ou pode invadir pelas montanhas, equipado com um rifle de longa distância. As opções são inúmeras e dificilmente dois jogadores terão as mesmas ações no jogo. Se vale a pena? Vale, sim. Não diria cada centavo, mas vai te render várias horas de diversão.



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