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#Review – Uma semana jogando Call of Duty: Modern Warfare

Call of Duty: Modern Warfare foi lançado há uma semana e pensei em fazer um review diferente desta vez. Ao invés de disparar uma avaliação logo no lançamento, joguei alguns dias do game, antes de trazer as minhas impressões sobre este fps produzido pela Infinity Ward e distribuído pela Activision. Dito isso, vamos ao que interessa… o review!

Antes de falarmos sobre jogabilidade, enredo e etc., precisamos entender algumas coisas sobre CoD: MW. O título é o décimo sexto jogo da série Call of Duty, ou seja, já se tornou um clássico do mundo dos games. Outro detalhe importante, a produtora usou um enredo bem simples como pano de fundo, mas trocou nomes para não criar algum desconforto ou polêmica (mesmo assim, a ação não foi 100% e explico melhor abaixo). O Estado Islâmico / Al-Qaeda virou Al-Qatala. Urziquistão é um país qualquer no Oriente Médio e os rebeldes são os… curdos e outros grupos rebeldes moderados.

A história começa da seguinte maneira: Em 2019, durante uma missão secreta para recuperar cargas de um gás químico em direção ao Urziquistão, o oficial da CIA Alex é interceptado por forças hostis desconhecidas, que eliminam os Marines que acompanhavam Alex, e fogem com o gás. A chefe de Alex, Kate Laswell, solicita a assistência do capitão da SAS John Price (um velho conhecido da série) para recuperar os químicos e resolver a situação com a Rússia. 24 horas depois, um grupo de homens-bomba da Al-Qatala ataca Piccadilly Circus, em Londres, em uma das cenas mais sangrentas do jogo.

Isso, meu caro leitor(a), é apenas o começo de tudo. Durante o modo campanha você controla vários personagens em várias situações. De soldados de forças especiais, até crianças (sim, você controla uma criança durante a guerra). Acho que vale um parênteses maior sobre a personagem criança. Acredito que a ideia de CoD: MW foi mostrar o lado sangrento da guerra e que ela atinge a todos, de adultos até os mais novos.

No início do jogo, um aviso na tela surge alertando sobre as cenas violentas, mas confesso que algumas partes são chocantes até para quem está acostumado com jogos de tiro. Particularmente não achei ruim. Entendi o objetivo de cada cena, mas elas são realmente fortes.

As missões: Tiroteios no deserto e invasões de pequenas casas

Ainda no modo campanha, CoD: MW surpreende pela versatilidade de um jogo de tiro. Além de controlar diferentes personagens, o game coloca você em diferentes ambientes que exigem diferente estratégias. Uma das missões mais legais, na minha opinião, são as invasões no escuro. Com uma estética de filme de ação, o jogo consegue transmitir todo o nervosismo e rapidez que esse tipo de cena reúne.

Totalmente dublado em português, CoD: MW tem um visual hiper-realista, o jogo mais parece um filme controlado pelo jogador. Além disso, o enredo também traz momentos inspirados em momentos reais (quem já leu algo sobre a invasão na casa de Osama Bin Laden, vai perceber as referências). 

Para completar a trama, o modo campanha de Call of Duty: Modern Warfare traz alguns easter eggs de jogos anteriores e uma cena pós-crédito para quem conseguir terminar. 

Multiplayer: Ritmo frenético e simplesmente perfeito

O modo multiplayer talvez seja um dos grandes motivos para atrasarmos a publicação deste review. Tenho percebido nos jogos recentes que, na fase de testes, tudo funciona perfeitamente. Quando o jogo vem para o mundo real, com jogadores reais e servidores que, nem sempre, aguentam a brincadeira, é aí que vemos se o jogo vale ou não a pena. Sobre Call of Duty: Modern Warfare posso dizer que ele vale cada tiro.

Quem busca um modo história com enredo de cinema, verá isso no game. Já para quem busca um bom multiplayer online, CoD: MW é um título definitivo. A física, jogabilidade, equilíbrio entre times, tudo está redondo. Funciona perfeitamente e não gera frustrações.

Polêmicas de uma visão 100% americana

Talvez a minha única crítica está em torno da visão política de Call of Duty: Modern Warfare. Por se tratar de um game americano, ele traz muito da visão política do país. Ou seja, russos são vilões e lutam contra a liberdade do estilo de vida americano. É por isso que vemos comentários de consumidores como “quando vão parar de tratar a Rússia como vilã? A Rússia nunca foi um país terrorista”, afirma um usuário do Metacritic.

Quem joga a série, sabe que essa não é a primeira vez que Call of Duty faz isso. Em Modern Warfare 2, o jogo cria uma das cenas mais violentas e controversas da história do game, onde você controla um grupo de terroristas que massacra civis em um aeroporto.

De acordo com  Jacob Minkoff, diretor do jogo, “queremos apresentar diferentes perspectivas. Não queremos dizer que uma delas é correta… Queremos que você tire suas próprias conclusões e entenda o motivo de todos esses grupos ou grupos parecidos com estes lutarem, e ter empatia por todos eles e compreender o que acabou colocando cada um deles nesta situação.”

A justifica não cola muito, já que o jogo traz várias perspectivas de um lado só (o americano) e fica classificando os russos como terroristas do começo ao fim. Tirando isso, o jogo é muito bom. Se você não liga para política internacional ou vê o jogo apenas como uma plataforma de entretenimento e ficção, Call of Duty: Modern Warfare não decepciona nem um pouco. Pelo contrário, rende várias horas de diversão. E, segundo a imagem do fim (abaixo), a aventura continua…

Abaixo você confere algumas cenas de Call of Duty: Modern Warfare. Tentei não falar muito sobre o jogo, para não estragar as surpresas e reviravoltas do modo campanha, por isso, o review de hoje é mais focado na experiência de jogo. Espero que goste, assim como estou gostando.

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