Como o metaverso e a web3 revolucionarão a vida e os negócios?
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Como o metaverso e a web3 revolucionarão a vida e os negócios?

A ideia de criar mundos inteiramente fictícios e com possibilidades infinitas sempre encantou o ser humano. Seja nas antigas tradições orais, na literatura, nas telas do cinema ou nos jogos, mais recentemente, o desejo pela materialização daquilo que somente a criatividade e a mente podem elaborar move montanhas, além de muito dinheiro.

É neste contexto em que se enquadra o metaverso, a próxima interação da tecnologia e da internet. Mas, afinal, como e por que esse assunto promete revolucionar as nossas formas de nos relacionarmos com o mundo e as pessoas ao nosso redor, inclusive os nossos meios de fazer negócios?

De forma resumida, pode se dizer que, a partir de tecnologias imersivas, o metaverso e a Web3 transformarão a interação online entre pessoas e objetos. Na prática, portanto, espera-se que a virtualização de itens, ambientes, ações, e até experiências inteiras, mitigue as limitações que esses mesmos fenômenos e coisas sofrem no dito “mundo real”.

Ainda está difícil visualizar isso na prática? Então imagine comigo: digamos que uma pessoa queira conhecer outro continente. No mundo real, isso irá exigir custos com deslocamento, hospedagem, lazer no local de destino, além de todo o planejamento necessário para tal, como férias no trabalho.

Hoje, no entanto, com a ajuda de ferramentas como o YouTube e o Google Earth, já é possível conhecer boa parte do mundo sem sequer sair de casa. Naturalmente, nada disso se compara à experiência de viajar, de fato – mas, ainda assim, considerando o custo consideravelmente menor, até que é um bom negócio, não acha?

Se ainda não te convenci, tente aguçar um pouco mais a imaginação para um futuro onde, em vez de telas planas, mouses e teclados, a tecnologia nos permita imergir completamente, e de forma bastante crível aos sentidos, num ambiente virtual. Aposto que, a partir daí, a proposta de viajar com a ajuda da internet se torna bem mais interessante. Correto?

A “next big thing do mundo dos negócios”

Após todo esse prólogo, posso dizer que é isso que o metaverso propõe: a possibilidade de realmente “navegar” na internet, visitar sites com uma riqueza de detalhes muito próxima à da experiência física, real. Para além disso, o metaverso propõe fazer todas essas coisas com menos custos – e digo mais: com um menor impacto ambiental, também.

E se o metaverso promete ser um excelente lugar para o lazer, certamente também será um bom local para se fazer dinheiro.

Pense nos custos, também consideravelmente reduzidos, de se abrir um negócio no metaverso. Para além disso, inclusive, há a possibilidade de oferecer experiências aos seus clientes que, se não impossíveis no mundo real, certamente seriam bem mais caras de se produzir.

É por isso que esse assunto interessa tanto e, praticamente, a todos. O metaverso, tal como o nome bem diz, representa um universo inteiro de novas possibilidades – e é difícil pensar em algo mais empolgante do que isso.

Não por acaso, segundo o managing director da área de tecnologia da Accenture, Bruno Bernardes, essa tendência irá impactar todas as indústrias. Mais do que isso, nas palavras do próprio, será “a next big thing do mundo dos negócios”.

Em entrevista ao portal português Eco, o diretor deu alguns detalhes de sua visão, bem como da Accenture, acerca do metaverso, da web3 e seus impactos na sociedade e economia.

Segundo Bernardes, a ideia de que o metaverso poderá limitar a interação presencial entre pessoas é, em si mesma, limitada. Isso porque, ainda de acordo com sua fala, a tecnologia pode ser empregada na gamificação de dinâmicas sociais, a fim de torná-las mais atraentes e inclusivas.

Por outro lado, o metaverso no contexto corporativo também permite reunir colaboradores de diferentes locais num mesmo ambiente, tornando o networking, **essencial a todo tipo de trabalho, praticamente sem fronteiras.

E o que faremos no metaverso? ****

Acerca das principais atividades a serem desenvolvidas no metaverso, o diretor ainda comenta que, por volta de 2030, os seres humanos estarão imersos nos mais diversos tipos de metaversos. Afinal, além dos corporativos e de lazer, faz todo o sentido que existam ambientes virtuais e, por que não, híbridos, dedicados a todo tipo de atividade coletiva ou individual.

Tal como já ocorre hoje na internet, a expectativa é de que os ambientes virtuais também beneficiem o comércio. Conforme dados da mesma publicação, até 2026, a consultoria Gartner prevê que 30% das organizações terão produtos e serviços dedicados ao metaverso, bem como que 25% das pessoas passarão pelo menos uma hora imersos diariamente, seja a trabalho, a lazer ou, ainda, aprendendo.

Por fim, ainda especificamente sobre o metaverso, outra resposta interessante dada pelo executivo da Accenture busca explicar quais desafios a tecnologia precisa enfrentar para se tornar efetivamente acessível. Nesse sentido, Bernardes detalha que há duas dinâmicas em jogo, a do usuário e a das empresas que desenvolvem as tecnologias necessárias para a efetivação e evolução do metaverso.

No caso da primeira, será necessário “promover a confiança do usuário na tecnologia e nas experiências subjacentes para impulsionar a adoção e utilização” do metaverso. Aqui, ele explica que essa confiança depende de fatores que já exercem influência sobre a utilização da web tal qual ela é hoje, como a privacidade, sustentabilidade, equidade, inclusão, acessibilidade, segurança e bem-estar.

Em dado momento, Bernardes cita, inclusive, um conceito chamado “metaverso responsável”, que, nas suas palavras, foca sobretudo nos aspectos da confiança e sustentabilidade. Conforme ele discorre, num ambiente onde tudo, ou quase tudo, será virtual, a noção de legitimidade e autenticidade é ainda mais importante – razão pela qual os NFTs são outro tópico em voga.

Por outro lado, para além da preocupação de como, se e quando alcançaremos a tecnologia necessária para tornar amplamente atrativa a imersão em ambientes virtuais, há, ainda, a preocupação sobre os custos ambientais disso.

Afinal, muito embora o metaverso proponha experiências a um preço menor que suas correspondentes “presenciais”, ainda haverá um custo computacional envolvido. Da mesma forma, uma vez que a virtualização torne tais vivências cada vez mais acessíveis, o próprio crescimento da demanda também exigirá mais recursos.

Para esses casos, Bernardes explica que as companhias por trás da infraestrutura que viabilizará o metaverso já estão se dedicando à utilização de tecnologias com menor impacto ambiental, bem como que o avanço tecnológico, per si, nos permitirá lidar melhor com fenômenos disruptivos no mundo real, a exemplo da pandemia vivida desde 2020.

Web3 complementa a ideia de mundos virtuais infinitos e totalmente transponíveis

Por fim, outra tecnologia que orbita a tendência do metaverso e que será essencial para a sua efetivação conforme imaginamos é a web3, que descreve nada menos que a terceira geração da navegação de internet.

Na web3, diferentemente da web 3.0, um conceito mais defasado, o grande diferencial a ser percebido pelos usuários será a descentralização. Nesse sentido, não apenas será possível navegar entre diversos metaversos, como também compartilhar dados entre eles.

Colocando numa perspectiva mais prática, digamos que um usuário compre um artigo digital para utilizar em seu avatar num determinado metaverso. Hoje, no formato em que a web 2.0 se apresenta, o mais lógico seria imaginar que esse item poderá ser utilizado apenas no metaverso em que foi adquirido. Tal como quando se compra a skin de um jogo e só é possível utilizá-la naquele game.

Na realidade da web3, entretanto, o que vigora é o controle e propriedade daqueles que fazem a própria internet.

Ou seja, em vez dos dados serem resguardados por uma big tech específica, que restringe o transporte e utilização dessas informações a fim de proteger os próprios interesses, o usuário será o detentor dos direitos sobre sua vida digital.

Para isso, entretanto, vale citar que, tal como Bruno Bernardes também afirma em sua entrevista para o Eco, é necessário que, além das empresas que fazem a internet, os utilizadores, sobretudo, amadureçam o entendimento de que um artigo digital não tem menos importância ou valor que seu correspondente “físico”.

É só a partir dessa ideia que passaremos a valorizar nossa privacidade, os dados que geramos navegando na internet, bem como o tempo que gastamos nela. A partir daí, a fronteira entre real e virtual ficará cada vez mais tênue, tornando cada vez mais concretas as possibilidades de um mundo inteiramente digital.

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