Em meio ao inverno das criptomoedas, momento de baixa dos valores e marcado pelo fechamento de muitos projetos, a blockchain Aptos e seu token APT assumiram os holofotes com o novo lançamento, recebido com uma alta de 18% de seu valor inicial. Mesmo com apenas uma semana no mercado, o projeto já recebeu críticas intensas e também visões otimistas que dizem que Atos será a segunda melhor blockchain de contratos inteligentes. Entendamos, então, a história da blockchain, ex-Meta, sua tecnologia e por que já recebe críticas.
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Mark Zuckerberg já deixou claro suas pretensões de ser comandante do metaverso, evidente pela mudança de nome da empresa Facebook para Meta, além de ser um dos seus principais tópicos em qualquer entrevista, reforçando que o metaverso é o futuro e o Meta deveria ser um dos grandes comandantes. Além de tudo isso, para consolidar o objetivo do Meta de ser a principal empresa do metaverso, eles já comandavam um projeto de blockchain chamado DIEM, que não só possibilitaria transações mais seguras no metaverso da empresa, como ainda traria uma nova criptomoeda própria, o diem.
O anúncio do projeto foi feito formalmente em 2019 e teria um lançamento em 2020, mas é possível dizer que a pandemia do coronavírus atrasou seu lançamento e também as futuras condições de mercado, fazendo com que o projeto nunca tenha chegado ao público de forma consolidada. O DIEM foi descontinuado, mas os responsáveis pelo projeto seguiram trabalhando; isso porque Mo Shaikh, empreendedor, e Avery Ching, engenheiro de software, seguiram com o projeto. E assim surgiu a blockchain Aptos.
Quais as vantagens da rede Aptos?
A rede Aptos já deixa clara a sua forte personalidade ao ter sido criada com uma nova linguagem de programação MOVE, enquanto a rede ethereum utiliza Solidity e a rede Solana utiliza C, Rust e C++. A nova linguagem de programação foi construída justamente para trazer maior velocidade do que as suas competidoras, Ethereum e Solana, e realmente foram efetivas já que a rede é capaz de fazer 160 mil transações por segundo, enquanto a Solana é capaz de fazer 60 mil e a rede ethereum apenas 20. A comparação entre Aptos, Solana e Ethereum estará sempre presente porque competem pelo mesmo mercado de contratos inteligentes, os quais garantem transações seguras nas redes blockchain e emissão de NFTs.
Toda essa base tecnológica e também por ser um projeto ex-Meta fez com que a rede Aptos tivesse um forte aporte de capital, em que os fundadores do projeto arrecadaram 350 milhões de dólares de investimento de empresas como FTX, Coinbase e Binance, garantindo uma longevidade à Aptos e demonstrando a força que o projeto tem no mercado.
Por outro lado, o que pode ser visto como um futuro otimista também trouxe ponderações, isso porque tal aporte de investimento exigiu em troca um percentual dos tokens APT para os investidores, fazendo com que, nesse momento, 49% dos tokens estejam nas mãos ou dos fundadores do projeto ou de investidores, e o restante será distribuído no mercado aos poucos por diferentes meios. Tal percentual de tokens para os investidores iniciais e fundadores foi muito mal recebido por um mercado que exige que ao menos 60% dos tokens sejam para a comunidade, a fim de prevenir o controle total por entidades financeiras e grandes empresas.
Com tudo isso entende-se o motivo da Aptos ter tomado os holofotes nas últimas semanas. Ex-Meta, investimento inicial milionário, tecnologia inovadora e controvérsias com a sua economia. Agora resta acompanhar qual será o futuro da blockchain e de seu token, com esse resumo é possível entender que existe muita coisa à frente por já ter uma força comprovada no meio e tecnologia interessante. Ainda assim, é importante estar atento a futuras posturas do time a respeito de sua distribuição inicial e como fariam para controlar grandes investidores caso decidam vender suas grandes quantias de APT.
Se a rede Aptos irá ganhar de seus concorrentes ainda não é possível dizer, mas já está claro que a rede já deixou sua marca no meio e irá continuar fazendo barulho, e que seja com boas notícias.
Imagem Destaque: Thomas Neveu /Shutters
