No frenético mundo corporativo, a Inteligência Artificial (IA) tem sido uma das palavras mais recorrentes, e, como devo afirmar na minha palestra do próximo dia 28 de agosto, ela veio para ficar. Segundo uma pesquisa recente, parece que as empresas estão num dilema: abraçar a IA de imediato ou dar um passo de cada vez.
Realizada em agosto de 2023 pela Edelman Data & Intelligence e encomendada pela AMD, a pesquisa revelou tendências intrigantes sobre a adoção da IA no meio corporativo. Em meio a um universo de 2.500 líderes globais de TI, a divisão de opiniões é nítida e digna de reflexão (veja a pesquisa completa aqui).
De forma otimista, 50% dos líderes de TI afirmaram que suas organizações estão prontas para adotar a IA. No entanto, o otimismo vem com um asterisco: muitos acreditam que a completa integração da inteligência artificial corporativa será um marco que levará até cinco anos para ser alcançado.
“Há um benefício em ser um dos primeiros a adotar a IA”, explica Matthew Unangst, diretor sênior, cliente, comercial e estação de trabalho da AMD. “Os líderes de TI estão vendo os benefícios das soluções habilitadas para IA, mas suas empresas precisam delinear um plano mais focado para a implementação ou correm o risco de ficar para trás. Ecossistemas de software abertos, com hardware de alto desempenho, são essenciais, e a AMD acredita em uma abordagem multifacetada de alavancar o IP de IA em todo o nosso portfólio de produtos para o benefício de nossos parceiros e clientes”.
O ritmo acelerado da evolução da IA tem sido tanto promissor quanto desafiador. Enquanto a tecnologia avança, muitas organizações estão jogando um jogo de catch-up, tentando se adaptar às novas possibilidades enquanto enfrentam obstáculos.
Dentre os principais desafios citados, a segurança está no topo da lista. Num mundo onde as ameaças cibernéticas são uma realidade constante, a questão é pertinente. Outras preocupações giram em torno da infraestrutura tecnológica e da necessidade de hardware de ponta.
No entanto, não é só de ceticismo que se pinta este quadro. A pesquisa destaca que 7 em cada 10 líderes veem a IA como uma ferramenta crucial para melhorar a detecção automática de ameaças cibernéticas. Além disso, uma porcentagem significativa daqueles que já adotaram a IA testemunha melhorias tangíveis em suas operações. Das empresas que já destacaram a priorização de soluções de IA, 90% já estão observando melhorias na eficiência do ambiente de trabalho.
Curiosamente, muitos líderes admitiram que, apesar de estarem cientes do potencial da inteligência artificial corporativa, ainda não exploraram plenamente suas aplicações, como o processamento de linguagem natural e sistemas de reconhecimento facial.
Concluindo, a pesquisa revela um panorama de expectativa e cautela. A IA, sem dúvida, está redefinindo o cenário empresarial. As empresas que conseguirem navegar por estas águas com destreza estarão melhor posicionadas para liderar em sua respectiva indústria. Aquelas que hesitam, por outro lado, correm o risco de perder um trem tecnológico que não espera por ninguém.
Em um mundo em constante evolução, uma coisa é certa: a IA é mais do que uma tendência passageira. É uma revolução em andamento, e as empresas terão que decidir se surfam na onda ou se contentam em assistir da praia.
Imagem Destaque: cybermagician/Shutterstock
