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45 dias depois… a minha opinião sobre o MacBook Air com chip M3

Depois de 45 dias com o novo MacBook Air com chip M3, contamos quais foram as impressões do notebook mais popular da Apple.

45 dias depois... a minha opinião sobre o MacBook Air com chip M3
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Este texto conta com audiodescrição gerada por IA. A voz utilizada é um clone digital da minha própria voz. O sistema ainda é um teste, então erros podem ocorrer.


O MacBook Air com chip M3 promete mobilidade, leveza e superpotência. Mas será que ele realmente entrega tudo isso? Neste review você verá a minha opinião sobre o modelo mais recente da Apple e como tem sido a experiência nestes quase dois meses com o aparelho.

Gosto de ressaltar que os nossos reviews são demorados por um simples motivo: Os aparelhos mudam com o uso cotidiano. São quase 18 anos de Com limão e já vi muito produto ser lançado como Ferrari e virar um Fusca mal cuidado em poucas semanas de uso. Acredito que 45 dias é um tempo aceitável para entender onde um notebook se deu bem, onde faltou potência ou se as teclas vão sair pulando.

Outra observação antes de iniciarmos o review do M3 é uma anotação bem importante. Eu não testei o M2. Utilizei um modelo com M1 durante mais de um ano; e agora pulei para o M3. Isso é importante para que você entenda as minhas expectativas e base de comparação. Apesar do M1 ter 16GB de memória unificada e o novo modelo ter “apenas” 8GB, o review foca na experiência como um todo (vou fazer um breve comentário sobre este item a frente). Dito isso, vamos ao review!

Design intrigante: Saídas de ar e som invisíveis em uma peça única

Como bom designer, é difícil começar qualquer texto que não seja pelo design. Comparado com o M1, o design do novo M3 é bem diferente. Ao contrário do seu antepassado tecnológico não tão longínquo, o novo modelo não tem saída de som aparente e o sistema de refrigeração continua sendo algo interno.

O MacBook Air com M3 é uma peça única. Quase sem aberturas e com apenas 4 parafusos aparentes na parte debaixo do produto. Vocês me perdoem o linguajar, mas é f*** demais! Talvez este seja um dos motivos o qual mais pessoas escolhem o MacBook Air em comparação a qualquer outro laptop, somado a sua combinação fenomenal de desempenho, portabilidade e capacidades.

Além disso, ele está disponível em 4 cores: Prateado, Cinza-Espacial, Estelar e Meia-Noite. Este último é a cor que venho utilizando. A Apple afirma que este modelo possui uma cobertura de anodização inovadora que reduz as impressões digitais (não sei ao certo detalhar o processo, mas é único do Meia-Noite). Não é nada mágico, mas realmente dá para perceber que as manchas são menos aparentes.

Outras duas vantagens deste modelo (comparado com M1, mas já presente no M2) são as duas entradas Thunderbolt / USB 4 e a MagSafe 3. Parecem meros detalhes, mas existem dois pontos importantes:

  1. A MagSafe 3 com o cabo de tecido é bem estiloso e a conexão por imã permite que ele saia facilmente, principalmente caso alguém tropece no fio;
  2. No modelo M1, uma das portas USB ficava ocupada com o carregamento. Neste caso, voltamos a ter duas portas livres.

Bateria para o dia todo? O drama dos notebooks, mas não no MacBook Air

A Apple promete que o MacBook Air com chip M3 consegue passar o dia inteiro de trabalho na bateria, com até 15 horas de navegação sem fio na web; ou que você consegue assistir as suas séries favoritas por ainda mais tempo, com até 18 horas de reprodução de vídeo. Mas isso todo mundo promete. Qual a realidade?

A realidade é que… o modelo M3 aguenta o dia todo de trabalho! A bateria deste aparelho da Apple talvez seja um dos grandes destaques. A não ser que você vá utilizar muito processamento do computador, afinal, não existe mágica; a bateria vai aguentar um dia de trabalho tranquilamente. Quando digo um dia de trabalho, estou falando em navegar pela internet, com Adobe Photoshop e Illustrator abertos, uma música de fundo e um ou outro software aberto.

Isso acontece por um motivo muito simples: a gestão do consumo energético. Este tópico tem passado batido de muitos reviews, mas a Apple tem feito um trabalho incrível com seus produtos. A conta (de padaria) é simples! Se você esquenta menos e desperdiça menos, sobra mais bateria para o consumidor.

Aliás, sobre esquentar vou destacar alguns pontos importantes. Quando utilizei o MacBook Air com M3 no máximo da sua potência, utilizando 7.2GB dos 8GB disponíveis, a temperatura chegou ao pico de 100 °C. No entanto, em apenas 10 minutos, a máquina já tinha reduzido 45 °C, sem ligar nenhum cooler barulhento.

O sistema de resfriamento da máquina é um ponto importante quando falamos em desempenho, durabilidade e consumo energético. Mesmo que seja algo “invisível” aos olhos do consumidor final leigo, a Apple vem trabalhando constantemente neste ponto. Talvez seja por isso que a temos a sensação de que os computadores da Maçã sejam tão duradouros (é muito fácil encontrar aparelhos de segunda mão; algo não tão constante com concorrentes).

Tela, câmera, som e conectividade: Os 4 pilares da produtividade

Eu ainda vou falar sobre funções mais específicas, como aplicação de inteligência artificial e workflow de design, mas antes precisamos falar do dia a dia. Para isso temos os 4 pilares principais: tela, câmera, som e conectividade. No caso da tela, o MacBook traz dois tamanhos (13” e 15”). São tamanhos perfeitos que dão mobilidade, mas não deixam a qualidade de lado — com tela Liquid Retina, que tem suporte para um bilhão de cores e até o dobro da resolução de um notebook PC similar. Um ponto superimportante para quem trabalha com design e/ou fotografia.

Já a câmera virou um acessório indispensável na vida com conferências de vídeo constante. O modelo traz um modelo de 1080p e um conjunto de 3 microfones integrados. Aqui vale também um comentário extra. Muitas vezes entrevisto para o podcast, seja do Com limão, ou do InovaSocial, convidados que não possuem um microfone profissional ou qualquer estúdio. Só que a diferença é nítida quando eles estão utilizando um MacBook e isso ajuda DEMAIS na pós-produção. Dado este depoimento de coração, mas vamos continuar o review.

No quesito som, o MacBook Air possui um sistema de som imersivo com suporte para Áudio Espacial junto com Dolby Atmos. Isso é algo que a Apple vem trabalhando constantemente nos seus produtos, mas me surpreendeu o volume e os graves do áudio deste novo aparelho.

Por fim, mas não menos importante, temos a questão da conectividade. Além de suportar duas telas externas, o Air com M3 vem com Wi-Fi 6E. O que isso significa? Este é o padrão mais recente, ou seja, ele suporta mais velocidade e permite operar na banda de 6 GHz, além das bandas de 2,4 GHz e 5 GHz (ou seja, se você possui um roteador mais potente, vai usufruir de uma conexão ainda melhor).

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Inteligência artificial e Design: O mundo profissional dentro de um Air

A Apple afirma que o MacBook Air é o laptop mais popular do mundo. Não sei o quanto isso é real, mas está longe de ser uma loucura. Apesar da linha Pro ter um desempenho excepcional, o Air já cumpre 99% das necessidades da grande maioria dos usuários. Mas como eu não sou um usuário normal, decidi pisar no acelerador com o novo modelo.

Como já falei acima, ele mostrou alguns pequenos problemas no superaquecimento. Isso me incomodou um pouco, mas dei um voto de confiança porque era um fluxo de IA muito complexo. O computador estava gravando uma apresentação em tempo real em .mp3, retornando o áudio para o meu fone de ouvido e fazendo a transcrição do que era falado. O único gargalo foi a memória unificada.

Como não é possível fazer um upgrade, sugiro que vá no modelo de 16GB. Se você é editor de vídeo ou usa a máquina para aplicações mais pesadas, a opção de 24GB é mais indicada. Fora isso, o chip M3 e a GPU nem expressaram dificuldade em fazer operações mais complexas.

No campo do design, utilizei ele com Adobe Photoshop, Illustrator e InDesign. Em todos, a máquina se comportou de forma excelente. Mas, de novo, quando utilizei os 3 simultaneamente, como esta é uma tarefa para a memória, ele chegou a engasgar algumas vezes. Fora isso, foi só alegria!

Conclusão: MacBook Air ainda une o melhor dos mundos

Quando escrevi o texto “Por que comprar um MacBook Air com M3 é a melhor escolha?”, alguns poucos colegas disseram que eu fui precipitado. Mas o que tenho visto da Apple nos últimos anos me faz ter a confiança no legado de Steve Jobs. Por mais que a empresa tenha sofrido algumas mudanças nos últimos anos, a grande Maçã ainda sabe (e muito bem) fazer computadores de qualidade.

Além disso, venho acompanhando os movimentos da Apple em relação ao meio ambiente e isso não está presente apenas nos materiais que compõem os computadores, mas também a forma como eles consomem energia (e, como já falei, isso impacta no desempenho da máquina).

Para encerrarmos, eu sei que o grande ponto de decisão está no preço. Eu sei que alguns colegas do jornalismo adoram escrever “novo MacBook Air pode custar até R$ 27 mil”, afinal, isso gera cliques. E vai custar isso, se você colocar 25GB de memória e fizer todos os upgrades possíveis. Mas vamos ser realistas, um aparelho com o desempenho do chip M3, 16GB de memória e 512GB de SSD por R$ 16.499 está na faixa dos top de linha.

Coincidentemente, enquanto escrevia este review, um amigo comentou que comprou um notebook por R$ 12K e com uma configuração bem parecida. “Ele esquenta bastante, liga uns coolers que parece que vai sair voando, mas é uma máquina incrível”. Se você leu até aqui, acho que esta frase explica bem porque ainda acho que o MacBook Air com M3 é uma excelente compra.


Calma! Não acabou. Enquanto eu finalizava este review, a OpenAI apresentou o ChatGPT para MacOS. Criado em Swift, a própria linguagem da Apple, o novo aplicativo permite que você utilize o poder da IA dentro do seu fluxo de trabalho em um MacBook. Só isso já seria motivo suficiente para você comprar um aparelho da Apple.

Só que este aplicativo parece ser uma fumaça. E onde há fumaça, há…? Pode ser que a Apple (ainda) não tenha fechado nenhuma parceria expressiva com a OpenAI, mas ter um aplicativo produzido em Swift mostra que as empresas estão próximas. Usar a linguagem da Apple para adaptar a IA do momento para o desktop demonstra o quanto os MacBooks estão preparados para este novo mundo — por mais que a Apple já trabalhe com inteligência artificial há anos e não goste tanto de usar o termo como floreio de marketing.

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