Design
James Bond ganha novo Aston Martin depois da destruição do DB5
Parceria entre marcas é uma coisa complicada. Em um mundo ansioso por lucros e dividendos, a palavra parece arrepiar os cabelos de muitos gestores. Afinal, já diria o…
Parceria entre marcas é uma coisa complicada. Em um mundo ansioso por lucros e dividendos, a palavra parece arrepiar os cabelos de muitos gestores. Afinal, já diria o…
Parceria entre marcas é uma coisa complicada. Em um mundo ansioso por lucros e dividendos, a palavra parece arrepiar os cabelos de muitos gestores. Afinal, já diria o ditado popular: “todos os dias, um esperto e um idiota saem de casa. Em determinado momento do dia, eles se encontram e fazem negócio”. A frase parece forte, mas resume bem o mundo dos negócios. Posso parecer um romântico, mas discordo totalmente. Acho que parcerias são uma das melhores saídas para viabilizar projetos complexos.
Muitas vezes você não tem dinheiro para o fornecedor, mas tem alguma coisa que lhe interessa. Divulgação, conhecimento, não importa, muitos esquecem que os negócios vão além da troca de serviço/produto por $$.
A parceria James Bond e Aston Martin
Um grande exemplo de parceria, que dura exatos 50 anos, é o casamento Aston Martin e 007.
Em 1964 chegava aos cinemas 007 contra Goldfinger. Na pele do agente britânico, um Sean Connery galã dirigindo, pela primeira vez, um Aston Martin DB5. Naquele ano, o modelo era o lançamento da marca e colocar um 007 dentro do carro significava apenas uma coisa: divulgação gratuita. Dito e feito! Os lucros e as vendas da Aston Martin crescem após aparecimento nas telas.
Com o passar dos anos, James Bond foi representado por outros atores e ganhou novos modelos de Aston Martin. Até que, trinta anos depois, na pele de Pierce Brosnan, Bond apareceu dirigindo (novamente) o, agora clássico, modelo DB5.
Aí, meu amigo… vemos a importância de um bom enredo e do uso de símbolos, mesmo que subentendidos. Em Skyfall, vemos um Bond humano, problemático, quase que derrotado. Em determinado momento, ele precisa resgatar sua origem para se reerguer. Adivinha só qual carro ele dirige. Sim, um DB5 com a MESMA placa de 1965.
Mas a relação 007/DB5 não acaba aí. Bond é surrado, perde “M” (a misteriosa chefe) para o vilão do filme e… aqui, meus amigos, um dos momentos mais simbólicos de Skyfall, tem seu DB5 destruído.
007 Contra Spectre: Muito mais que um filme, um recomeço
Meu amigo, 007 Contra Spectre não será só um filme. E o Aston Martin deste filme levou a parceria a outro patamar. Pela primeira vez (acho que na história do cinema), a montadora desenvolveu um carro exclusivo para o filme.
O DB10 não será comercializado. Ele foi feito exclusivamente para as mãos de um agente secreto. Aliás, DO agente secreto. Segundo a Aston Martin, o novo carro não é um sucessor do DB9, pois não chegará a linha de produção, mas funcionará como um carro conceito que guia o departamento de design da montadora.
Segundo Marek Reichmann, diretor de design da Aston Martin, em declaração para a BBC, “Bond e o DB10 têm um relacionamento especial, não o mesmo tipo de relacionamento que Bond tem com as Bond Girls, mas uma parceria bem explícita”.
Em resumo, 007 Contra Spectre não será apenas o recomeço do agente secreto. Será o recomeço da parceria entre a franquia 007 e a montadora britânica Aston Martin. Mostrando que o modelo de parceria só deve arrepiar os cabelos dos executivos, quando eles estão dentro do cinema, assistindo 007 explodindo tudo.
Comentário extra: Sempre fui fã de James Bond. Enlouquecia a cada referência escondida em Skyfall. No trailer do novo filme, que você confere no começo do texto, uma frase me chamou atenção. Logo no começo, o novo “M” diz: “Você não tinha autoridade” (na dublagem em português, “Você não tinha permissão”), seguido por uma cena que, tudo indica, foi um assassinato. O que isso tem de interessante? 007 é o único agente secreto com “permissão para matar”. Tudo indica que em 007 Contra Spectre, Bond perdeu este direito. Será?! #Ansioso