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ProXXIma 2016: Começando o dia (e o evento) com aulas de inovação
Oito horas da manhã de uma segunda-feira fria e úmida em São Paulo. No trajeto, um metrô cheio e o trem lento, para muitos isso parece uma típica segundona…
Oito horas da manhã de uma segunda-feira fria e úmida em São Paulo. No trajeto, um metrô cheio e o trem lento, para muitos isso parece uma típica segundona…
Oito horas da manhã de uma segunda-feira fria e úmida em São Paulo. No trajeto, um metrô cheio e o trem lento, para muitos isso parece uma típica segundona dramática, com direito a texto reclamão no Facebook, mas eu estava empolgado. Em alguns minutos começaria a décima edição do ProXXIma (são dois dias intensos – 9 e 10 de maio). Assim como o Com limão, o evento completa dez anos em 2016 e tem foco em inovação, marketing digital e comunicação.
A primeira palestra já foi um verdadeiro tapa na cara. Para acordar o cérebro, no palco principal (e único, mas existe uma área de expositores), Alberto Menoni começava sua apresentação. O diretor de inovação do Google X na América Latina – mítico laboratório de pesquisas da empresa norte-americana – mostrou que a inovação como conhecemos é uma mera brincadeira. Mas o Google X não sabe brincar. Entre carros autônomos, lente de contato para diabéticos e soluções de energia éolica, Menoni explicou que o Google X não coloca limites nos seus trabalhos.
O projeto falhou e não chegou no mercado? O funcionário ganha férias, um bônus e tem grandes chances de ser promovido. Parece exagero, mas faz sentido. Se a empresa não lançou um produto falho, ela economizou dinheiro. Se errar é humano, quando você castiga excessivamente o erro, bloqueia as pessoas na criação e cria propensão para que os erros sejam maquiados.
Para completar a apresentação, Menoni nos convidou a pensar qual é o nosso X.
Subir no palco e falar sobre inovação, logo após Menoni e o Google X parece uma sacanagem, mas a Dentsu Aegis foi lá e apresentou o trabalho que está sendo feito com a Fiat Safe Key, uma chave com bafômetro e bateria para um ano, que impede a ignição do carro, dispara SMS para um contato pré definido e chama táxi com desconto. Tudo para evitar que motoristas bêbados sigam no trânsito.
(In)felizmente a inovação ainda tropeça em desafios gerado pelo próprio ser humano, como quando os entrevistados são questionados se assoprariam uma Safe Key do amigo bêbado e a resposta foi SIM. Caramba sociedade, assim não dá para inovar. Imagina ensinar isso para a Isabella, lado feminino do supercomputador Watson/IBM, mas isso é uma discussão para outro texto sobre o ProXXIma.