Nos últimos meses tenho observado um movimento bem interessante no setor de educação. Com o objetivo de diminuir a distância entre academia e mercado profissional, algumas escolas têm trabalhado com formatos inovadores. Um dos exemplos que quero trazer no texto de hoje é a SAGA (School of Art, Game and Animation). Pioneira no ensino de desenvolvimento de jogos, a SAGA foi criada em 2001 como escola livre de arte digital e, desde então, tem formado milhares de jovens para o mercado criativo.
Na última quarta (22), a SAGA inaugurou uma unidade que reúne ensino de qualidade, excelente localização, infraestrutura de ponta, equipamentos de última geração e um conceito inovador. Próximo da Av. Paulista, um dos mais emblemáticos da metrópole paulista, a nova unidade tem como grande diferencial uma incubadora onde serão desenvolvidos e acelerados projetos da própria escola e de outras empresas. Além disso, a incubadora serve como um centro de capacitação e compartilhamento de conteúdo entre profissionais de todas as unidades da SAGA, que frequentemente serão convidados a visitar o espaço.
“A SAGA Paulista cresceu tanto que foi preciso mudar para um espaço maior. Aproveitamos para evoluir, modernizar, agregar e estender a proposta de compartilhamento de conhecimento para além da sala de aula”, disse Alessandro Bomfim, CEO e fundador da SAGA, adiantando que o novo conceito será replicado em outras unidades da rede, que em breve aumentará. “Atualmente, temos 14 unidades e planejamos dobrar o número de escolas até 2024”. Para quem quiser conhecer o espaço, a SAGA Paraíso está localizada na Rua Tomás Carvalhal, 92, no bairro do Paraíso, em São Paulo.
Já o outro exemplo de hoje vem do ensino superior. Estudantes do curso de Administração do Insper, instituição de ensino sem fins lucrativos, estão substituindo o tão temido Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) por um projeto de inovação e melhoria operacional dentro da Vivo. Em uma iniciativa inovadora, durante quatro meses, alunos irão uma vez por semana na companhia para coletar dados, fazer entrevistas e elaborar análises. Além disso, a proposta é estreitar o relacionamento entre a Vivo e os estudantes, proporcionando a experiência de resolução de desafios reais.
O projeto, intitulado REP (Resolução Eficaz de Problemas), é voltado para alunos do 6º semestre do curso de Administração da instituição e utiliza o método PDCA (Plan-Do-Check-Act ou Ciclo de Deming) para análise de planejamento de uma problemática fornecida pela empresa. O PDCA é composto por várias etapas, como identificação do problema, análise do fenômeno, análise do processo, plano de ação, execução e ação.
“A partir da aproximação com jovens talentos, promovemos experiências que eles podem carregar para sua futura vida profissional, por meio da vivência na prática de um ambiente corporativo. Além disso, nós como empresa, usufruímos da capacidade de diferentes formas de resolução de problemas, novos mindsets”, destaca Niva Ribeiro, VP de Pessoas da Vivo.
Completando o projeto, mentores da Vivo e do Insper acompanharão todo o processo e, ao final, avaliarão se os alunos conseguiram resolver de forma eficaz a problemática apresentada. Os critérios de aprovação final no projeto passam pelo uso de metodologia estruturada na resolução de problemas, utilização pertinente de ferramentas analíticas e estatísticas, além de investigação por hipóteses e lógica na comunicação.
Tanto Insper, quanto SAGA mostram a real necessidade de se atualizarem não apenas na parte de infraestrutura, mas na forma de ensinar. Isso é apenas o começo, ainda tem um longo caminho para renovar o universo da educação. Sugiro que leia o nosso texto “Geração Alfa e a educação nas plataformas online.”
