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Novo Homem Aranha: Negro e hispânico para substituir Peter Parker

Marvel apresenta Morales, personagem que assumirá o lugar de Peter Parker na série "Ultimate Spider Man"

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O famoso aracnídeo da Marvel sempre foi um dos meus personagens favoritos das histórias em quadrinhos. Não é a toa que tenho gibis que são guardadas a sete chaves e mantenho o sonho de conhecer o imortal Stan Lee.

No entanto, panfletagem de fã a parte, não é de hoje que a Marvel começa a inventar mundos alternativos para os seus personagens.

Lançado em 2000, a série “Ultimate” ganhou as livrarias do mundo com o objetivo de atrair os jovens leitores com histórias alternativas, trazendo os personagens para a atualidade do mundo conectado.

Nenhuma novidade, até mesmo para os antigos leitores, que já haviam visto Peter Parker ganhar até um clone loiro.

Mas arrisco em dizer que desta vez a Marvel apelou. Entendo que o novo personagem tem como objetivo aproximar um perfil de leitor, mas chamar o novo herói de Morales já é demais. Só faltou o primeiro nome ser Juanito.

É nítido que, muito mais que um hispânico, a Marvel preferiu adotar o estereótipo de mexicano ilegal. Chego a comparar essa “atualização” com o novo Super-Homem que decidiu renunciar sua cidadania americana.

Oras, entendemos que a economia americana não anda lá grande coisa, mas distorcer as histórias a ponto de matar personagens, já chegou a ser tão cansativo que nem a própria Marvel sabe qual história é a oficial.

Aliás, aqui temos um ponto interessante. A série “Ultimate” é a “versão alternativa”, onde Peter Parker morreu, mas na série “O incrível Homem Aranha”, Parker continua vivinho da silva, jogando as teias por Nova Iorque.

Isso não impede que a Marvel crie e recrie mundos alternativos, onde seus personagens tornam-se zumbis (nessa eles acertaram), lutam em guerras civis ou morrem e renascem.

Se olharmos os super-heróis como marcas, podemos dizer que o trabalho de branding está bem instável. Os personagens já não possuem mais uma identidade concreta e a editora parece querer atirar para todos os lados, fazendo uma analogia bem simples, é quase como a Yakult que inventou de lançar uma linha de produtos cosméticos.

A pergunta que deixo no ar é a seguinte: Será que este tipo de história alternativa conquista novos leitores ou faz com que os antigos queiram atear fogo nas novas páginas?



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