Vocês lembram que comentei, no texto “Mobilidade Elétrica: O petróleo vai virar fóssil!”, sobre os incentivos ambientais de São Paulo para os carros elétricos e híbridos? Se não lembra ou não viu o texto (recomendo ler, modéstia a parte, reuni algumas informações bem interessantes), a Prefeitura de São Paulo editou em setembro a lei que dá desconto no IPVA para os veículos híbridos e elétricos e também os isenta do rodízio municipal. O desconto no IPVA equivale à quota do imposto que é destinada ao município e será devolvida ao proprietário no exercício seguinte. A isenção do rodízio será feita automaticamente para os veículos híbridos licenciados no estado de São Paulo. Os veículos híbridos de outros estados que não estão integrados à base de dados do Detran-SP e forem multados por causa do rodízio, também terão a penalidade suspensa mas precisarão recorrer.
Muito bem, a Ford Brasil divulgou uma nota na tarde de ontem, onde comemora a liderança do Ford Fusion na categoria. De acordo com a empresa, o Ford Fusion consolidou a liderança no segmento de sedãs de luxo, com mais de 90% de participação em setembro e 5.721 emplacamentos no acumulado do ano. Sua versão híbrida somou 400 unidades no ano e também é a mais vendida com essa tecnologia. Além de ser o campeão de economia de combustível no Brasil, os incetivos de São Paulo tem impulsionado as atenções para os carros elétricos e híbridos.
“Esses incentivos são mais uma vantagem para o proprietário do Fusion Hybrid, um carro que combina alto padrão de conforto e desempenho com o máximo de sustentabilidade e economia”, diz Fernando Pfeiffer, gerente de Produto da Ford. “Não por acaso, ele é o híbrido mais vendido do Brasil e já tem cerca de 1.500 unidades em circulação no País.”
Diferentemente dos veículos elétricos e híbridos “plug-in”, o Fusion Hybrid usa uma tecnologia que não depende de rede elétrica e tomadas para ser recarregado. Além de um motor elétrico, ele tem um motor à gasolina que, além de impulsionar as rodas quando necessário, também faz o papel de gerador para alimentar as baterias. Com essa combinação, é capaz de rodar 16,6 km/l na cidade e 15,1 km/l na estrada com gasolina – o menor consumo entre os 634 veículos avaliados no ranking do Inmetro. Sua tecnologia inclui um sistema que recupera a energia das frenagens para recarregar a bateria e também gera emissões 60% menores que o limite exigido por lei.
#Brainstorm – O Uber e os carros elétricos e híbridos
Quero convidar os amigos usuários de Uber e a própria empresa para um brainstorm. Se o Fusion é líder no segmento de sedãs de luxo e possui uma versão híbrida, além disso, os carros elétricos e híbridos (normalmente) são modelos de luxo, o Uber poderia pegar o embalo – já que é uma empresa que adora iniciativas inovadoras de marketing – e criar uma linha de incentivo para os motoristas que usarem carros híbridos e elétricos. O que acham?
Vamos aos pontos importantes:
- Uber deve ganhar uma classificação especial em São Paulo. Segundo o Bom Dia São Paulo, da Globo, os carros serão considerados “táxi por aplicativo”, deverão ser preto, quatro portas e com até cinco anos de uso.
- O Uber não poderá usar corredores de ônibus.
- Apesar de serem classificados como um tipo de táxi, acredito que o Uber não ganhará isenção fiscal na compra de carro. Diferente do que acontece com os táxis.
- Uber + Táxi = Mais poluição. Serão mais carros nas ruas de São Paulo. Tirando o fator “trânsito infernal”, a cidade de São Paulo terá um impacto, mesmo que mínimo, na poluição.
Juntando estes quatro pontos, fica minha indagação: Por que a Uber não dá incentivos para os motoristas que usarem carros elétricos/híbridos? Já que eles não terão incentivos fiscais e faixa exclusiva, pelo menos terão vantagens em outros pontos e todo mundo sai ganhando, principalmente os nossos pulmões.