Eu juro que não queria dizer isso, mas… eu falei! Quem acompanha o Com limão, já tinha lido sobre o posicionamento da Ford em respeito ao tema mobilidade. Na época, meados de outubro do ano passado, a montadora promoveu o Seminário de Mobilidade, onde reuniu vários pensadores sobre o tema.
Lembro que um dos comentários sobre o texto foi “Ford dando um tiro no pé e chamando ativista contra carro” (ou algo assim). Bom, aí está a resposta…
Durante uma entrevista para o site Re/Code, o presidente da Ford, Mark Fields, afirmou que a montadora está deixando de ser uma montadora, para ser uma companhia de mobilidade. O primeiro passo para este futuro (não tão distante) foi o anúncio da Ford com a americana Amazon e a chinesa DJI.
“Queremos colocar um ponto de exclamação na nossa movimentação, deixando de ser uma montadora para uma montadora e companhia de mobilidade” – Mark Fields, presidente da Ford
A ideia é que os donos de carros possam usar tecnologias e produtos, como o Amazon Echo, para monitorar informações sobre os seus carros. É claro que isso tudo é apenas a ponta do iceberg, mas a Ford já sinaliza que, como montadora, terá que se reinventar e terá ajuda de parceiros que possuem a inovação como essência, assim como a montadora.
Em um mundo preocupado com mobilidade, meio ambiente e consumo de energia limpa, a Ford mostra que viver das vendas de carros não será a solução do mercado.
Quando questionado sobre os movimentos da concorrente GM, que anunciou o investimento de US$ 500 milhões no Lyft, aplicativos de caronas e concorrente do Uber, Mark Fields foi categórico: “Estamos interessados em crescer nosso business core, trazendo benefícios para o cliente e criando negócios que fazem sentido”. Henry Ford deve estar orgulhoso!
