3 meses depois, a minha opinião sobre o Mac Studio… • Com Limão
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3 meses depois, a minha opinião sobre o Mac Studio…

3 meses depois, a minha opinião sobre o Mac Studio…

Nesta quarta-feira (08), completam três meses que o Mac Studio foi anunciado (em conjunto com o Studio Display, que também será tema deste review — e, caso vocês queiram, podemos falar mais sobre ele individualmente).

Neste intervalo de tempo, também testei exaustivamente o pequeno e potente computador da Apple. Ele praticamente virou o meu computador do dia a dia. A versão utilizada para este review possui chip M1 Ultra da Apple (com CPU de 20 núcleos, GPU de 64 núcleos e Neural Engine de 32 núcleos); memória unificada de 128 GB e SSD de 4 TB. Na frente, duas portas Thunderbolt 4, um slot para cartão SDXC; e na parte traseira, quatro portas Thunderbolt 4, duas portas USB-A, uma porta HDMI, uma porta Ethernet de 10 Gb e uma entrada para fones de ouvido de 3,5 mm (veja o unboxing no vídeo abaixo).

3 meses depois, a minha opinião sobre o Mac Studio…

Em resumo, uma super máquina! Mas para ser justo na avaliação, precisamos entender melhor um ponto importante…

Quem é o público-alvo do Mac Studio?

Como o próprio nome diz, o Mac Studio é destinado ao universo dos estúdios. Ou seja, para um estúdio de fotografia, design, publicidade, audiovisual e por aí vai. Ele não é um computador para casa ou home office (exceto se você for um profissional desta área e precise de muito desempenho). Muito menos é uma máquina para jogos — em partes pela limitação de oferta que existe no macOS.

O seu preço é justo! Isso não significa barato

Definido o público-alvo, podemos entrar no quesito mais polêmico do aparelho: o preço! Muita gente criticou o preço brasileiro e fez comparativos com o valor de venda nos EUA. Afinal, estamos falando de uma máquina que custa pouco mais de R$ 70 mil (vs. $6.799 — que em conversão direta é ~R$ 35 mil). Mas precisamos entender alguns pontos:

  1. Os produtos da Apple não são produzidos no Brasil, isso quer dizer que praticamente todos os itens encontrados na loja da marca são importados;
  2. A Apple não é o seu amigo ligeiro que traz o computador na bagagem de mão, ou seja, ela paga impostos pelo produtos importados e não é pouco;
  3. Adicionado ao Dólar alto e impostos, ainda temos custo de logística e lucro do varejo.

Vale dizer que estes três itens são uma “conta de padaria”, ou seja, ainda deve ter muita coisa para construir este preço final (quem lembra dos 4Ps do marketing sabe o que estou falando). E, sim, comprar eletrônico importado no Brasil está custando caro. Não são só os produtos Apple.

Se levarmos em conta que, aqui no Com limão, já testamos modelos concorrentes onde, só o processador custava R$ 40 mil, por que só a Apple “tem” produtos caros? E, veja só, o modelo testado da outra marca também tinha foco no público profissional.

Isso quer dizer que R$ 70 mil é um valor barato para qualquer tipo de empresa? Não, mas é um valor justo por tudo que o Mac Studio pode entregar.

A potência do M1 Ultra e 128GB de memória

Junto com o Mac Studio e o Studio Display, a Apple anunciou o chip M1 Ultra. Ele é uma junção de dois chips M1 Max, permitindo que se crie modelo com CPU de 20 núcleos, GPU de 64 núcleos e Neural Engine de 32 núcleos. Quem lê o Com limão há algum tempo, sabe que tentamos fugir da parte técnica e explicar o que isso realmente significa, mas preciso falar alguns detalhes sobre este “coração” do Mac Studio.

Durante o anúncio do M1 Ultra, a Apple afirmou que o novo chip “oferece rendimento com múltiplas threads 90% superior ao do chip de 16 núcleos mais rápido disponível para desktop PC”. Além disso, o “M1 Ultra atinge o nível máximo de performance do chip de 16 núcleos mais rápido disponível para desktop PC e consome 100 watts a menos de energia.” Traduzindo, o M1 tem um desempenho no patamar dos chips mais potentes do mercado e consome bem menos energia.

Avaliar o chip sozinho, sem a engenharia complexa do Mac Studio, é algo injusto. O M1 Ultra só tem esse desempenho porque faz parte de um conjunto projetado nos mínimos detalhes, por isso é tão difícil consertar e fazer alterações neste aparelho. E, é claro, a Apple não quer nenhum Frankstein do Studio por aí.

Na prática, todo esse desempenho se ilustra no experimento que fizemos no Adobe Premiere. Foram cerca de 14 segundos para renderizar um vídeo de 30 segundos em qualidade 4K. Isso é muito rápido, até mesmo para chips top de linha com uma placa de vídeo de alto desempenho, como as mais recentes NVIDIA RTX.

Design compacto, silencioso e frio

Há 10 anos comprei um computador para trabalhar com renderização 3D. Ele ainda existe, mas seu chassis com mais de 60cm de altura, 30 de largura e 65 de profundidade faz com que seja impossível de se adaptar a maioria dos ambientes. Então, quando você olha de perto os 19,7 cm de largura e 9,5 cm de altura do Mac Studio, não tem como pensar outra coisa que não seja “isso é design inteligente!”.

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Além disso, a Apple vem trabalhando pesado para diminuir o impacto ambiental dos seus produtos — já comentei sobre isso no texto “O futuro da ESG: Os exemplos da Apple, da China e a Cúpula do Clima“, do InovaSocial. Isso se reflete na composição do aparelho e nas embalagens, onde:

  • 100% de metais de terras raras reciclados em todos os ímãs, o que representa 98% desse material no aparelho;
  • 80% de alumínio reciclado na estrutura;
  • 100% de estanho reciclado na solda da placa lógica;
  • 25% ou mais de plástico reciclado em vários componentes;
  • Toda fibra de madeira virgem provém de florestas sustentáveis e representa 90% ou mais de fibra na composição da embalagem.

Outro ponto importante está no sistema de resfriamento do Mac Studio. Segundo a Apple, o modelo “inclui um inovador sistema de controle da temperatura projetado para que o M1 Max ou o M1 Ultra trabalhem com potência e velocidade impressionantes e, ainda assim, mantenham um silêncio de biblioteca.” Em nenhum momento ouvi aquela “acelerada” do cooler, ou senti o aparelho quente. Nem mesmo nas tarefas mais complexas, como renderização de projetos 3D ou de vídeos 4K ou 8K.

Minha única crítica em relação ao design é o botão liga/desliga na parte traseira. Como coloquei o Mac Studio quase que embutido na mesa de trabalho, precisava puxar o aparelho toda vez que ia ligar (veja na imagem abaixo).

O casamento com o Studio Display

O Mac Studio fica perfeito com o Studio Display e não é só no visual. Eles foram pensados um para o outro também no aspecto técnico. A tela Retina 5K de 27 polegadas e vidro nano-texture faz com que as cores e os detalhes sejam ainda mais vivos, sem a interferência da luz externa (se você prestar atenção no vídeo do unboxing, verá que não tem reflexo na tela e utilizamos dois spots de luz para a gravação). Particularmente nunca vi um monitor com esta qualidade.

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No entanto, o preço do Studio Display não é baixo. Com aplicação do vidro nano-texture e uma base com ajuste de inclinação, o modelo sai por R$ 17.999,00 na loja oficial. Ao contrário do que acontece com o Mac Studio, achei um custo-benefício alto. Ele é destinado para um público que busca alto desempenho e alta fidelidade na tela — fotógrafos e produtores audiovisuais para televisão e cinema, por exemplo.

A câmera ultra-angular de 12 MP com Palco Central chegou a ser uma pequena polêmica, mas a Apple já corrigiu os problemas em sua última atualização. Já o conjunto de três microfones com qualidade de estúdio e sistema de áudio com seis alto-falantes e Áudio Espacial entregam uma experiência que quase nenhum monitor vai conseguir atingir.

Aliás, o áudio do Studio Display acho que só é possível em outros produtos com a ajuda de uma soundbar de qualidade. No caso dos microfones, o conjunto funciona super bem para apresentações online, mas ainda tenho um certo receio em gravar, por exemplo, um podcast utilizando apenas eles. Seria um experimento que ainda não tiver oportunidade de fazer… quem sabe no futuro.

Afinal, o alto desempenho e consumo valem o investimento?

Levando em conta que você está dentro do público que citei no início do texto, o alto desempenho do Mac Studio pode ser um investimento que se paga ao longo do tempo. Uma dica que dou para quem estiver pensando em apostar no computador da Apple é avaliar quanto tempo você gasta fazendo tarefas que inviabilizam a utilização da máquina atual, somar o tempo no mês e calcular seu valor/hora desperdiçado.

Por exemplo, vamos dizer que durante um mês você precise deixar o computador atual renderizando vídeos durante 24 horas. Isso significa que você está “desperdiçando” três dias de trabalho (levando em conta uma jornada de trabalho de 8 horas). Quanto custa 3 dias de trabalho — levando em conta seu valor/hora? Em quanto tempo você conseguiria recuperar a diferença de um computador montado vs. o preço de um Mac Studio?

Por fim, fiz uma avaliação do impacto no consumo energético de uma máquina profissional (testada nos meses de setembro e outubro de 2021) e do Mac Studio (testado no período entre abril e maio). E aqui está um ponto interessante!

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Mesmo tendo meses com vários períodos de frio, que foi o caso de São Paulo durante os meses de abril e maio, o consumo energético ainda foi igual ou menor ao período da máquina concorrente — onde meu consumo do home office foi bem menor, ou seja, o impacto da máquina foi mais relevante no consumo mensal (obs: sei que o impacto foi maior, porque foram meses em que tentamos economizar, já os meses do Mac Studio, — no meu caso — o frio nos força a consumir mais energia elétrica por aqui).

Além disso, de novembro de 2021 até março de 2022, foram meses que utilizei como máquina principal um MacBook Air com chip M1, ou seja, mesmo sendo substituindo pelo Mac Studio com M1 Ultra, o consumo mudou pouco.

Por isso, se você deseja um Mac Studio, a minha sugestão é que faça as contas. Não só porque ele demanda um alto investimento, mas porque ele pode ter um impacto positivo no seu desempenho profissional e no consumo. No meu cenário profissional, eu só encontrei pontos positivos.

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