As vantagens de um iPad Pro com chip M2

A Apple anunciou na última terça-feira (18), o lançamento dos novos iPads. Agora o modelo Pro virá com chip M2, o poderoso e mais novo chip presente nos MacBooks, lançando o iPad Pro para o topo do ranking de melhores tablets que podem substituir até mesmo um bom computador. No texto “iPad Air ou Notebook? A minha experiência nestes dois mundos” já havia comentado que o “tablet” da Apple evoluiu tanto nestes últimos anos, que praticamente não faz sentido diferenciar eles de um notebook. Ainda mais quando estamos falando do modelo Pro.

Mas, afinal, quais as vantagens de adotar um iPad Pro com chip M2 no lugar do notebook? Primeiro precisamos entender um ponto importante que a Apple tem adotado nos últimos anos. Se você viu a classificação “Pro” no produto, pode ter certeza que ele foi feito para um público específico. Isso não quer dizer que você não possa usar um iPad Pro para assistir filmes, mas talvez não irá aproveitar tudo que o aparelho tem de potência e novidades.

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“A nova geração do iPad Pro expande as possibilidades do aparelho, proporcionando ainda mais versatilidade, potência e mobilidade para a experiência definitiva em iPad”, afirma Greg Joswiak, vice-presidente sênior global da Apple. “Com a potência do chip M2, o novo iPad Pro tem desempenho incrível e as tecnologias mais avançadas, incluindo a inédita experiência Apple Pencil sobre a tela, captura de vídeo em ProRes, conexão sem fio ultrarrápida e recursos poderosos do iPadOS 16. Não existe nada como o iPad.” iPad Pro cinza-espacial. iPad Pro prateado. O iPad Pro nos tamanhos 11 e 12,9 polegadas.

Nas palavras de Joswiak, a nova geração do iPad Pro é destinada para um público que busca criar conteúdo (foto e vídeo, principalmente) de forma móvel e com a comodidade de intercalar entre o formato tela + teclado, ou simplesmente com a experiência touch + pencil. De fotógrafos e ilustradores, passando por videomakers e outros tantos artistas digitais, o novo modelo traz a comodidade dos 684g (no modelo de 12,9″; já o modelo de 11″ pesa ainda menos, apenas 468g) e a potência do M2 com CPU de 8 núcleos e GPU de 10 núcleos.

Para efeito de comparação, o chip M2 é até 15% mais rápido que a M1, com melhorias nos núcleos de desempenho e eficiência, além de uma GPU de 10 núcleos que garante desempenho gráfico até 35% maior para os usuários mais exigentes. Junto com a CPU e a GPU, o Neural Engine de 16 núcleos pode processar 15,8 trilhões de operações por segundo (40% mais que o do M1), aumentando ainda mais a potência do iPad Pro para tarefas de machine learning. O chip M2 também tem largura de banda da memória unificada de 100 GB/s (50% maior que a do M1) e é compatível com até 16 GB de memória unificada, o que permite trabalhar em várias tarefas ao mesmo tempo e dá mais fluidez ao trabalhar com projetos grandes.

Em termos não técnicos, ele permite que você edite vídeos em ProRes com áudio em Dolby Atmos (captado pelas novas câmeras do modelo). Além disso, unido ao iPadOS 16, que possui uma experiência multitarefas – o Stage Manager –, o Pro permite um fluxo de trabalho muito parecido com os notebooks mais robustos (tanto da própria marca, quanto de concorrentes). Tudo isso com a mobilidade de um iPad.

Sobre o fluxo de trabalho com o iPad, aqui vai um comentário interessante e bem particular: Durante a última BGS 2022, você deve ter visto que gravamos 10 podcasts com executivos da indústria dos games. Isso só foi possível porque utilizei um iPad Air com M1 e um microfone com cabo USB-C (conectado diretamente no iPad) para gravar e enviar – via 4G/5G – todo o conteúdo para edição em tempo real. Quem participa de eventos e feiras sabe como a mobilidade e o peso do equipamento faz diferença – veja na imagem abaixo o equipamento que utilizei durante a BGS 2022 (é necessário clicar na imagem. Obrigado embed do Twitter!).

Com 10.000 miniLEDs, True Tone, 1600 nits de brilho (HDR) e ProMotion com taxa de atualização adaptativa de 120 Hz, a tela do iPad Pro já é algo incrível para quem trabalha com imagens (imagine um fotógrafo trabalhar com uma tela que não traduz a real imagem fotografada! Isso pode atrapalhar, e muito, o trabalho). No entanto, no fluxo do estúdio, ainda é possível conectar o iPad Pro a um monitor externo de até 6K – é neste ponto que uma conexão de 40 Gb/s com Thunderbolt faz a diferença.

Apenas no iPad Pro: Experiência inédita Apple Pencil sobre a tela

Desde que adotei a Apple Pencil (2ª geração) como equipamento de trabalho substituí toda e qualquer mesa digitalizadora. Não adianta, a experiência da Pencil + iPad é única e, até o momento, nenhum concorrente conseguiu chegar aos pés da Apple. Pode parecer depoimento de fã, mas quem atua há tantos anos no mercado como eu, sabe que é inegável. Você pode até pagar mais barato por outros modelos, mas a experiência nunca será igual.

Segundo a Apple, o novo iPad Pro e o iPadOS 16 possibilitam uma nova dimensão de interação da Apple Pencil sobre a tela. “O iPad detecta o Apple Pencil a até 12 mm de distância da tela, mostrando uma prévia do traço antes que ele seja feito. Os usuários também podem usar o recurso para esboçar e ilustrar com muito mais precisão, e tudo o que é feito com o Apple Pencil fica ainda mais fácil. Por exemplo, com o recurso Escrever à Mão, os campos de texto se expandem automaticamente quando o Apple Pencil se aproxima da tela, e a escrita se transforma em texto ainda mais rápido. Apps de terceiros também podem aproveitar esse recurso, criando experiências completamente novas ao desenhar e fazer marcações”. Veja abaixo o vídeo.

Resumindo o novo iPad Pro: Incrível!

Além de ser compatível com Wi-Fi 6 e com modelo Wi-Fi + Cellular com 5G, a mobilidade do iPad Pro se traduz em vários pontos, como comentei acima. Então, vamos recapitular:

• Novo chip M2: Muito mais velocidade, permite que você edite fotos e vídeos em ProRes;
• Tela Liquid Retina XDR de 12,9 polegadas: Fidelidade de cor em uma tela com miniLEDs; 
• Thunderbolt / USB 4: Em formato USB-C, permite que você conecte o aparelho em qualquer tela;
• Novas câmeras: Com sensor grande-angular de 12MP e ultra-angular de 10MP, somado ao Scanner LiDAR;
• Wi-Fi 6E e 5G: Mobilidade e conexão com os novos formatos de rede;
• Nova experiência Apple Pencil: Mais precisão ao mostrar a posição exata da Apple Pencil na tela;
• iPadOS 16: Recursos poderosos que aumentam a produtividade e a experiência de uso, como:
  • Alternar entre tarefas é fácil com o Organizador Visual, uma experiência multitarefa totalmente nova que organiza automaticamente apps e janelas. Ainda este ano, o Organizador Visual terá compatibilidade com monitores externos com resoluções de até 6K, para que os usuários consigam montar o espaço de trabalho ideal e trabalhar com até quatro apps no iPad e quatro na tela adicional;
  • Apps de nível desktop disponibilizam novos recursos otimizados para a tela do iPad Pro. São interações e elementos inéditos, incluindo ações de desfazer e refazer consistentes, uma experiência reformulada para buscar e substituir em linha, um novo menu de documento, barras de ferramentas personalizáveis, além da capacidade de alterar extensões de arquivos, ver o tamanho de pastas no app Arquivos e muito mais (algo muito próximo do MacBooks);
  • O Modo de Referência permite que a tela Liquid Retina XDR de 12,9 polegadas do iPad Pro alcance os padrões de cores necessários para fluxos de trabalho como revisão e aprovação, nivelamento e composição de cores, quando é essencial ver cores precisas e ter uma qualidade de imagem consistente. Dessa forma, profissionais da área de fotografia e vídeo podem editar material em HDR com detalhes realistas diretamente no aparelho, e cineastas podem visualizar no set conteúdos em um perfil de cor que representa a captura final.

O novo iPad Pro com M2 será lançado no próximo dia 26 de outubro e ainda não há previsão de chegada no Brasil. O preço inicial, no modelo de 11″, é de R$ 9.799; enquanto o modelo de 12,9″ inicia em R$ 13.299. Veja abaixo o vídeo de apresentação dos novos iPad Pro e iPad!