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Metaverso explode em discussões na internet, mas público ainda tem receios
De acordo com números consolidados pela Comscore, apenas 24% dos comentários da internet sobre o metaverso são positivos. O motivo, por sua vez, seria o…
De acordo com números consolidados pela Comscore, apenas 24% dos comentários da internet sobre o metaverso são positivos. O motivo, por sua vez, seria o…
De acordo com números consolidados pela Comscore, apenas 24% dos comentários da internet sobre o metaverso são positivos. O motivo, por sua vez, seria o desconhecimento do público acerca do assunto, que ainda desperta dúvidas e receios em muita gente.
Ainda assim, se por um lado as menções sobre o metaverso estão repletas de desconfiança, uma coisa é certa: o assunto explodiu desde outubro de 2021, quando Mark Zuckerberg anunciou os planos do Facebook em dar vida a essa tendência. Segundo a análise, as citações ao tema cresceram 2300% daquela época até aqui, e o assunto não dá qualquer sinal de que esfriará em breve.
Na mesma oportunidade, a companhia alterou seu nome para “Meta”, reforçando um compromisso de longo prazo com a ideia.
A pesquisa conduzida pela Comscore teve foco na América Latina, analisando mais de 350 tópicos relativos ao metaverso em diversos países. Com isso, foi constatado que, entre março de 2020 e março de 2022, o México liderou o número de menções sobre o assunto na região, com 27%, sendo seguido pelo Brasil (22%), Argentina (19%), Colômbia (11%), Chile (11%) e Peru (5%).
Já no tocante aos subtemas que permeiam a discussão, a empresa também pôde concluir que, dentre os assuntos que mais geraram publicações e comentários sobre o metaverso, 39% fazem referência ao Facebook/Meta, 17% são sobre o uso da realidade virtual, 15% estão relacionados a empresas e negócios e 11% aos NFTs (Tokens Não Fungíveis).
“Graças à tecnologia de realidade aumentada e realidade virtual, o Metaverso é um lugar que torna possível melhorar a experiência online, desde as atividades de compras até encontros com os amigos, ou mesmo na forma de transações com ativos digitais e NFTs. É por isso que as conversas sobre o tema giram em torno de múltiplas variáveis que contemplam e tornam possível a sua existência. Contudo, devido a dúvidas e incertezas que instigam os consumidores, apenas 24% dos comentários nas redes em relação ao Metaverso são positivos”, diz Ingrid Veronesi, diretora sênior da Comscore para Brasil.
Outro dado interessante revelado pela Comscore indica quais setores da indústria estão mais envolvidos com a transformação a ser causada pelo metaverso. Em primeiro lugar “disparado”, a Moda aparece como um segmento extremamente popular para a tecnologia, algo que pode estar relacionado à primeira edição da Metaverse Fashion Week, realizada em março deste ano, e que inaugurou os desfiles em realidade virtual e aumentada.
Apesar disso, a análise também apontou outros setores com interesse no tema, destacando as companhias automotivas, de bebidas, mídia, artes e bens imobiliários.
A princípio, é possível que a leitura dos números da Comscore gerem uma visão pessimista do público acerca do tema. Apesar disso, é preciso considerar que o metaverso em toda a plenitude do termo ainda está longe de ser alcançado, não só pelas tecnologias que ainda precisam ser desenvolvidas, mas, sobretudo, pela necessidade de massifica-las, uma vez que estejam prontas.
Tal como entendem as empresas envolvidas na infraestrutura tecnológica que tornará o metaverso viável, as empresas que desejam “surfar” nesta onda precisam compreender que se trata de um movimento a longo prazo.
Nesse sentido, além de tomar cuidado para não apostar todas as fichas agora, uma vez que o assunto possui pouca credibilidade junto às pessoas, também cabe aos negócios aproveitar o tempo atual para educar o público.
Como exemplo, é preciso ter uma estratégia clara para a atuação da empresa no metaverso, combater mitos e alarmismos, bem como ser honesto acerca das capacidades da tecnologia, que levará um tempo considerável até que produza experiências comparáveis com a realidade.
Corroborando este fato, também conforme destaca a análise da Comscore, os passos das empresas envolvidas nessa transformação, com destaque para as big techs, tem sido dados há bastante tempo, muito antes do tema metaverso ganhar os holofotes.
Em 2014, já vislumbrando o potencial da tecnologia, o então Facebook adquiriu a Oculus, companhia especializada no desenvolvimento de headsets de realidade virtual. Na mesma época, o Google também já desenvolvia uma plataforma de realidade aumentada, o Daydream View VR.
De lá pra cá, muitos que se empolgaram com o assunto acabaram deixando o páreo, como foi o caso da Samsung, que encerrou a compatibilidade de seus smartphones com a linha de acessórios GearVR, de realidade aumentada.
Ainda assim, o ressurgimento do metaverso, cada vez mais frequente conforme as tecnologias imersivas avançam, deixam claro que não se trata de uma questão de “se”, mas de “quando”.
“O Metaverso certamente dominará as novas interações entre marcas e consumidores. Mesmo trazendo muitos questionamentos a respeito do futuro social e das relações humanas, essa inovação envolve uma ampliação da conexão entre pessoas, representadas por seus avatares, por meio da tecnologia. Essa crescente fusão entre real e virtual deve transformar completamente nossos hábitos de consumo”, conclui Ingrid.