Por Victor Vasques
“Herói para uns, bandido para outros. Por onde passava, as pessoas sussuravam seu nome. Jonah Hex não tinha amigos, apenas dois companheiros inseparáveis: a morte e o cheiro acre da fumaça de seu revólver”
Você conhece Jonah Hex? Talvez não, isso acontece porque o anti herói criado por Tony DeZuniga nunca foi muito popular aqui no Brasil.
Personagem de quadrinhos ao melhor estilo Western, Jonah Woodson Hex é um ex-soldado confederado (da Guerra Civil Americana) que acaba virando um pistoleiro caçador de recompensas. Assim como um certo personagem, também da DC Comics, ele possui duas faces. Um lado é normal, o outro é desfigurado depois que um chefe Apache usa uma machadinha em brasa para fazer em seu rosto “A marca do demônio”.
Essa é apenas a introdução, mas para quem leu os quadrinhos publicados pela Editora Panini e assistir o filme, lançado pela Warner, verá dois Hexs diferentes.
Para os (poucos) fãs de Hex, o filme desfigura – assim como o rosto do herói – a história original do pistoleiro. Mostrando um Hex irreconhecível ao colocar ele como pai de família sorridente. Nem mesmo Megan Fox, no papel da prostituta Leila, consegue salvar o filme com suas belas pernas ou John Malkovich no papel do vilão.
Já para quem nunca ouviu falar de Jonah Hex, o filme cumpre o papel como uma diversão pipoca. Simples e sem profundidade. Hex entra, atira e sai. Sem índios Apaches e suas honras. Um filme divertido se você procura diversão para um fim de domingo chuvoso.
Pensando bem, melhor acessar o portfolio do artista Andrew Robinson, o qual o trabalho ilustra este texto. Pelo menos não terá a sensação de ter perdido 1 hora e 21 minutos do seu fim de semana.
Victor Vasques é ceo e editor chefe do Com limão. Como designer já passou pelos principais portais brasileiros, atuando sempre nas áreas de design digital e branding.