Design

UOL e BBC: O que a internet brasileira precisa fazer com o conteúdo?

UOL comemora 15 anos, lança sua nova home e cria reflexão sobre a web brasileira

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São oito milhões de visitas por dia e inúmeros parceiros pelo Brasil e o mundo. Esse é o UOL hoje. Líder entre os portais, aquele que nasceu fruto da longínqua Folha Web comemora em 2011 os seus 15 anos de existência. E pensar que estive por lá quando o gigante completava seus 10 anos e não imaginava o quanto ainda poderia crescer. Nestes cinco anos o UOL expandiu muito mais que nos seus dez primeiros anos.

É claro que não só ele, a internet brasileira caminhou para o amadurecimento. Sites em flash, gifs brilhantes e cores fortes deram espaço para o design minimalista e mais organizado do conteúdo online.

Mas voltando ao UOL, hoje o portal ganhou uma nova home. O que era para ser uma “revolução”, abriu espaço para análise (e reflexão) do design brasileiro, acompanhado da pergunta: Será que o design brasileiro está maduro o suficiente para internet?

A nova home do UOL – do ponto de vista estético – chega a ser um retrocesso para o design digital em terras tupiniquins. Muito mais do que dizer que a nova home ficou feia ou não, o trabalho de redesign mostra que os portais brasileiros passam por um momento de homogeneizar a informação online.

Com paletas de cores padronizadas e formatos de chamadas quase que idênticas, os portais brasileiros – na contramão da estratégia do oceano azul – transformaram o mercado em um imenso gramado verde, com todos aparados a meia altura.

Claro que muitos dirão que no caso dos grandes portais, conteúdo é muito mais importante do que estética. Não deixo de concordar e de discordar. O conteúdo é importante, mas o visual é o grande responsável por guiar o leitor na imensidão de notícias, tecnologias, serviços e publicidade.

Melhor do que ficar expondo opiniões de uma área tão intangível, é apresentar exemplos. De acordo com o jornalista Tiago Dória, a BBC lançou nos últimos dias uma versão beta da nova home, que promete apontar as tendências futuras da internet. Diminuindo – de forma intencional – o número de chamadas de notícias (tornando a interface realmente minimalista e clean) e integrando mais ainda as plataformas móveis e com a web tradicional, a nova home da BBC é um colírio para os olhos de qualquer designer digital.

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Ao invés de compararmos designers brasileiros e estrangeiros e jogarmos pedras nos profissionais daqui, vale ressaltar que a mudança da BBC segue muito mais que uma nova home, ela é resultado da nova estratégia adotada pela empresa de “one service, ten products, four screens” (um serviço, dez produtos e quatro telas).

Ou seja, a culpa (ou louros) da nova home do UOL não deveriam ir apenas para os designers, mas para a empresa como um todo, entre eles marketing, comercial e os responsáveis pela gestão da marca.

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Em resumo, a BBC soube observar como guiar e integrar as tecnologias, em pró de, não apenas contar uma história, mas informar o usuário que vive vagando pelas diversas estrelas de um vasto universo online.



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