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Quem são os vencedores dos App Store Awards 2025

Conheça os apps que transformaram 2025 em um ano mais criativo e conectado às novas formas de viver tecnologia.

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A Apple acaba de revelar os vencedores do App Store Awards 2025, e a lista deste ano funciona como um mapa emocional do nosso momento tecnológico. Não é só sobre quais apps se destacaram, mas sobre o que nós, enquanto sociedade digital, estamos realmente buscando. Menos barulho, mais propósito. Menos ansiedade, mais experiências que fazem algum sentido no meio do caos cotidiano.

E talvez seja por isso que os vencedores deste ano chamam tanta atenção: eles não tentam reinventar a roda, tentam fazer a roda finalmente girar a nosso favor. São apps que entendem que, em um mundo saturado de estímulos, a tecnologia precisa resolver, simplificar e, sempre que possível, encantar.

iPhone App of the Year: Tiimo

Os melhores apps de 2025 definem o novo momento da tecnologia

Em um mercado lotado de agendas digitais que prometem ser assistentes pessoais, o Tiimo escolhe um caminho mais honesto. Ele simplifica. O app usa um calendário visual claro, quase artesanal, que mistura planner, mural e lembretes dinâmicos em uma experiência que coloca a rotina sob uma nova luz. A sensação é de pegar uma vida fragmentada e enxergá-la de forma mais organizada e compreensível.

A força do Tiimo está na maneira como ele transforma o cotidiano em algo palpável. Em vez de incentivar metas inalcançáveis ou produtividade competitiva, o app ajuda o usuário a reconhecer limites, a visualizar o que realmente cabe no dia e, principalmente, o que fica melhor para depois. Ele lembra que organização é uma forma de cuidado com o próprio tempo e não uma corrida sem linha de chegada.

iPad App of the Year: Detail

Os melhores apps de 2025 definem o novo momento da tecnologia

No iPad, o grande destaque é o Detail, um dos apps mais impressionantes desta edição. A equipe responsável encontrou uma forma elegante de resolver um problema universal: criar vídeos ainda é difícil para muitas pessoas. O Detail transforma essa travessia em algo quase intuitivo. Ele grava, organiza, transcreve, edita e sugere versões prontas para publicar, usando IA de maneira sutil e funcional.

O app foi profundamente repensado para o Liquid Glass do iPadOS 18, e as ferramentas de edição em tempo real – especialmente no Apple Pencil – mostram o quanto o iPad ainda é subestimado como ferramenta profissional.

Apple Watch App of the Year: Strava

Os melhores apps de 2025 definem o novo momento da tecnologia

No Apple Watch, o vencedor é um velho (e querido) conhecido. O Strava recebe o prêmio por refinar uma experiência que já era referência.

O redesign no Watch transformou métricas, segmentos e acompanhamento de treinos em algo ainda mais imediato. Nada de menus escondidos. Nada de toques desnecessários.

Entre as novidades que mais chamaram atenção no time do Strava está a evolução dos Live Segments, que ficaram mais precisos e mais bem integrados ao ecossistema do watchOS. A sensação é de que o app finalmente alcançou a forma ideal para quem depende do relógio como parceiro de treino.

Mac App of the Year: Essayist

Os melhores apps de 2025 definem o novo momento da tecnologia

O Essayist se destaca por transformar escrita longa e fragmentada em algo digerível. Ele organiza ideias soltas, parágrafos desconexos e blocos de texto que parecem não caber no mesmo documento. É o tipo de ferramenta que entende o caos natural do processo de escrever e oferece um ambiente limpo o suficiente para que o pensamento respire. Nada de distrações. Apenas você, seu texto e uma estrutura que faz sentido.

O ponto forte do Essayist é a facilidade com que ele permite rearrumar trechos e visualizar o fluxo da narrativa, ajudando a transformar rascunhos confusos em algo claro e coeso. Ele não escreve por você, apenas facilita o caminho para que sua própria voz apareça.

Cultural Impact

A categoria Cultural Impact destaca apps que não apenas funcionam bem, mas que despertam conversas, ampliam acessibilidade, transformam hábitos e criam novas formas de enxergar o cotidiano. São experiências que extrapolam o uso prático e deixam marca. A lista deste ano combina contemplação, empatia, linguagem e tecnologia aplicada ao bem-estar.

Focus Friend: Em vez de disciplinar o usuário, este é um app escolhe acolher. Ele bloqueia distrações, traz um visual muito atrativo e transforma concentração em algo que dá vontade de repetir. A versão premiada ganhou melhorias importantes no sistema de salas, estatísticas mais inteligentes e um uso refinado da API de Tempo de Tela. Outro ponto que chama atenção é que a equipe do Focus Friend manteve uma postura rara no mercado atual ao não coletar dados sensíveis, não exibir anúncios e não pressionar o usuário pela assinatura do app. O resultado é um fenômeno orgânico, impulsionado por autenticidade e afeto (uma combinação nem sempre comum em apps de produtividade).

Be My Eyes: Uma das iniciativas mais importantes em acessibilidade. O app conecta pessoas cegas ou com baixa visão a suporte visual imediato, combinando ajuda humana e ferramentas inteligentes. É tecnologia servindo autonomia em sua forma mais direta.

The StoryGraph: Uma alternativa moderna aos apps de leitura tradicionais. Ele acompanha hábitos literários, sugere livros com base em humor e ritmo de leitura e oferece estatísticas que ajudam o usuário a entender seu próprio estilo. É uma plataforma que celebra diversidade narrativa e incentiva descobertas fora da bolha, transformando o ato de ler em uma jornada mais consciente.

Art of Fauna: Um jogo de puzzles que convida o jogador a reorganizar pequenos ecossistemas. A graça está na calma: cores suaves, desafios tranquilos e uma sensação constante de equilíbrio. Uma experiência simples que funciona como pausa mental entre tantos estímulos.

Chants of Sennaar: Um puzzle narrativo sobre decifrar idiomas desconhecidos. Em vez de diálogos claros, o jogador observa símbolos, testa hipóteses e aprende na prática. É um jogo sobre comunicação, mas também sobre curiosidade e compreensão entre mundos diferentes.

despelote: Uma narrativa interativa ambientada em um bairro equatoriano, onde futebol, infância e vida comunitária se misturam. A história é leve, sensível e cheia de pequenas observações do cotidiano, mostrando como jogos também podem capturar memórias e afetos.

Jogos do Ano

Os jogos premiados em 2025 mostram como a Apple está apostando em experiências que atravessam gêneros, dispositivos e estilos narrativos. A seleção revela um equilíbrio interessante entre nostalgia, profundidade atmosférica, ambição técnica e imersão espacial. Cada plataforma recebeu um título que melhor traduz o que significa jogar naquele ambiente:

iPhone Game of the Year: O iPhone abre sua categoria com Pokémon TCG Pocket, uma adaptação moderna do clássico jogo de cartas. A dinâmica rápida, a coleta de boosters digitais e as batalhas diretas fazem dele um sucesso natural entre novatos e veteranos.

iPad Game of the Year: No iPad, o destaque vai para Dredge, uma aventura sombria, hipnotizante e cuidadosamente construída. É pescaria, é exploração, é mistério com um toque inquietante. O tipo de jogo que cresce na sua cabeça mesmo quando você não está jogando.

Apple Arcade Game of the Year: Um dos títulos mais divertidos da lista, What the Clash? coloca o jogador em competições completamente absurdas, cheias de humor e mecânicas que mudam o tempo todo. É caótico no melhor sentido possível e prova como o Apple Arcade sabe entregar experiências leves, criativas e surpreendentes.

Mac Game of the Year: No Mac, Cyberpunk 2077 assume o pódio, simbolizando o salto técnico recente do macOS. A Ultimate Edition entrega uma Night City mais polida, mais estável e finalmente digna do hardware atual, consolidando o Mac como uma plataforma viável para jogos de grande escala.

Apple Vision Pro Game of the Year: No Vision Pro, Porta Nubi mostra como um jogo espacial pode ser divertido, rápido e absurdamente envolvente. A sensação de profundidade torna até ações simples mais interessantes, e a leveza do game prova que imersão não precisa ser complexa para ser memorável.

Game of the Year (China mainland): Na China, a versão local de Sky: Children of the Light foi a grande vencedora. Com sua abordagem emocional e colaborativa, o jogo reforça a importância de experiências sociais que conectam em vez de competir.

Outros destaques globais do App Store Awards 2025

Além dos apps principais que moldaram o ano, a Apple também reconheceu experiências que brilharam em diferentes telas do ecossistema. São aplicativos que, cada um à sua maneira, mostram como o software certo pode transformar o uso do Vision Pro, da Apple TV ou atender às necessidades específicas de mercados regionais:

Apple TV App of the Year: Na Apple TV, o destaque ficou com o HBO Max, premiado por unir uma das bibliotecas mais completas do streaming a uma interface mais leve e intuitiva. Mesmo com tanto conteúdo premium disputando atenção, navegar no app ficou mais simples e agradável.

Apple Vision Pro App of the Year: O Vision Pro ganhou seu app do ano com Explore POV, uma experiência imersiva que entende perfeitamente a proposta do dispositivo. Imersão boa não é sobre mostrar lugares bonitos; é sobre transportar. E o app faz isso com precisão, criando passeios sensoriais que destacam o melhor do headset da Apple.

App of the Year (China mainland): No mercado chinês, CapWords foi escolhido por transformar aprendizado e criação textual em uma experiência lúdica, acessível e surpreendentemente divertida. É a prova de que educação, quando bem desenhada, não precisa ser rígida para ser eficaz.

No fim, a lista de vencedores do App Store Awards 2025 funciona não só como um pódio, mas também como um termômetro. Ela mostra para onde a tecnologia está se movendo quando deixa de correr atrás de tendências vazias e volta a prestar atenção no que realmente importa. Criar, aprender, jogar, focar, explorar, existir com um pouco menos de atrito. Se este for o norte para os próximos anos, o futuro digital pode até continuar acelerado, mas começa a parecer mais humano.



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