Design
Artificial Topography: A natureza artificial como escape do cotidiano
Arquiteto japonês cria caverna artificial, que serve como espaço para fugir do cotidiano agitado das grandes cidades
Arquiteto japonês cria caverna artificial, que serve como espaço para fugir do cotidiano agitado das grandes cidades
Já diria o matuto Jessier Quirino: “Uma coisa que não existe no sertão é problema caudiaco. O problema caudiaco é uma doença que se adquiri com o virus da letra I: Imposto de renda, IPTU, ingarrafamento e istress. E no sertão não tem essas palavras”.
Já que poucos são os agraciados em viver em um ambiente livre dos “is”, não podemos esquecer que precisamos de um método de catarse. Seja disparando tiros em uma disputa online, ouvindo uma boa música ou se jogando dentro de uma caverna artificial.
Isso mesmo, uma caverna artificial. Pelo menos este é o projeto do arquiteto Ryumei Fujiki, autor do “Artificial Topography”.
A obra, ou mobília, como ele prefere chamar foi projetada dentro de um contêiner e é esculpida em mil folhas de material plástico macio que, juntos, se transformam em uma grande caverna moderna e foi feita para o Kobe Biennial Committee, no Japão.
Com formas orgânicas e totalmente branco, o espaço é ideal para quem quer ter um momento para relaxar, já que o plástico macio tem a textura de um sofá.
Se me permitem um singelo comentário e com todo respeito ao arquiteto, acho que por se tratar de um mobiliário, faria alguns ajustes. Aliás, apenas dois.
Primeiro colocaria uma cor com o branco, algo como um laranja ou alguma outra cor clara. Todo branco e com parede macias… isso me lembrou uma sala de confinamento para loucos perigosos, ainda bem que não tem porta.
A segunda ideia é uma porta com isolamento acústico. Não uma porta comum, mas de vidro ou qualquer outro material transparente. Claro que isso acarretaria em um ajuste na ventilação do espaço, mas não vejo outra maneira de relaxar sem um isolamento acústico ou colocando o Artificial Topography no jardim de uma bela casa de campo.